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5 de maio de 2014
Alunos manifestam gratidão à Dona Emma
A primeira professora da Escola Sinodal Sete de Setembro, Emma Schmitt Rodrigues de Freitas, é referência única na cidade relativa à história da instituição, considerando que os pastores, que foram responsáveis pela introdução do ensino na Comunidade Evangélica foram sepultados em outros municípios.
No ano em que comemora o centenário de fundação, a Escola Sete iniciou as comemorações com um ato de gratidão no Cemitério Evangélico, onde Dona Emma está sepultada. No dia 29 de abril, os alunos do 1º ano à 8ª série estiveram no cemitério levando flores e participando do ato de gratidão manifestado pela diretora Marlene Gatti, que apresentou a contribuição da primeira professora. Também o pastor Fábio Staggemeier, trouxe uma mensagem e induziu os alunos a refletir sobre a gratidão que se deve ter pelo trabalho e dedicação das pessoas que construíram a história da Escola Sete.
- Naquela época, para poder estudar, crianças da idade de vocês eixavam suas casas para morar no internato da escola. Essa história que remota um século, deve ser honrada por vocês assim como foi por aqueles que ajudaram a instituição chegar até aqui. O sentimento de gratidão deve se manifestar nos nossos atos, valorizando e preservando a história para que novas gerações também possam usufruir desta formação humana e científica – destacou o pastor.
Dona Emma nasceu em 3 de dezembro de 1884, faleceu no dia 8 de maio de 1976 e foi sepultada em Não-Me-Toque, no Cemitério da Comunidade Evangélica.
Dona Emma
A ideia inicial do pastor Theophil Dietschi, que chegou da Suíça no povoado de Não-Me-Toque em 1914, era implantar na escola paroquial existente desde a chegada dos primeiros colonizadores alemães (1904), uma escola sinodal destinada à formação de pastores e professores. Assim nasceu a Sociedade Escolar Sete de Setembro que teve Gouttfried Kissmann como primeiro presidente. O nome foi escolhido pelo pastor Theophil, e pode ter relação à data do seu casamento com Lídia Dohms, em 7 de setembro de 1914.
A área de terras para a construção da escola foi adquirida do coronel Gervásio Lucas Annes, em 3 de fevereiro de 1915. A região recebia cada vez mais colonos. Para que as meninas pudessem estudar foi criado o internato feminino, junto à casa pastoral. Os professores eram o pastor Theophil Dietschi e sua esposa Lídia. Com o crescimento do número de alunos foi preciso contratar uma professora: Emma Schmitt Rodrigues de Freitas, que logo mostrou muita competência e foi assumindo quase todas as funções de educadora, liberando o pastor para suas atividades.
O professor Scholoesses, da Alemanha, veio para auxiliar na implantação do internato masculino.
Com a escola crescendo foi preciso construir um novo prédio e as peças de teatro dirigidas pela competente Dona Emma - até hoje lembradas por ex-alunos - ajudaram a angariar fundos para a construção. O novo prédio foi inaugurado em 1948, sofrendo remodelação em 1955. Desde então novas obras ocorreram para melhorar o atendimento dos alunos.
