9 de maio de 2014

Eu acredito no jovem!

Certo dia um sujeito, ao conversar com seu amigo, reclamou que sua vida estava muito ruim, que tudo estava errado. O amigo ao escutar, atentamente, exclamou:

- Meu jovem, saiba que todos nós somos senhores de nossas ações, nós somos responsáveis por aquilo que somos.
O jovem, amargurado das escolhas, voltou a reclamar:
- Como eu gostaria de ser alguém de caráter!
O amigo voltou a responder:
- Teu caráter nada mais do que o fruto de tuas ações. Ele é constituído diariamente por você. Cabe a nós guiar nossas escolhas e eu escolhi acreditar no jovem.
Enquanto muitos veem o jovem como alienado, desleixado, alguém que não está nem aí para nada, eu acredito que o jovem é a mudança, que o jovem é um eterno inconformado, ele quer respostas rápidas, soluções rápidas, para ele cinco minutos são uma eternidade.
O jovem tem voz, ele quer ser ouvido, ele não quer que decidam as coisas e as joguem em seu colo. Naquilo que o jovem não participa ele não se sente parte e não sendo parte ele não tece responsabilidade sobre isto.
O jovem quer que cada um cumpra com seu papel e que ele seja respeitado, como sujeito, como cidadão.
As grandes mudanças desde os anos 70, partiram do jovem e continuarão partindo, quem sabe, pelo simples fato de ser inconformado, de ter náusea de comodidade e normalidade. A ação está em seu sangue, em suas veias bate um desejo de hoje, de aqui e agora, seu coração não quer saber do amanhã.
A maioria dos jovens desdenha à política porque ela está associada em todo o mundo, diariamente, em capas de jornais e noticiários, com corrupção. Jovem não quer corrupção, quer ação, mudança e compromisso. O jovem acreditaria na política se ela voltasse a ser uma ferramenta de servir, de democracia, que atendesse os direitos do povo. O jovem consciente não quer Copa, quer educação, quer escolas.
Nesse mundo de tecnologia e compartilhamento, andar a passos de tartaruga, com medo de transformar e modificar não está na cabeça deste jovem.
Todos já foram jovens, ou ainda são, cabe a cada um, dessas metamorfoses ambulantes devolver a cor a este mundo preto e branco.

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