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Notícias

13 de junho de 2014

Não se fala em outro assunto


A Copa começou. Foram sete anos de espera. O Brasil ganhou o jogo da estreia, uma vitória que veio um tanto acanhada, apesar dos três a um sobre a Croácia. Mas a Seleção Brasileira representa bem o momento do país.
O time é formado por craques decantados pela imprensa, alçados ao pódio, transformados em ídolos. Mas dentro do campo, se deparam com gigantes de outras nacionalidades, tão bons quanto eles, imbuídos de iguais motivos para vencer e retornar ao seu país como heróis da esperança. Portadores da alegria.
O esporte que une nações, que semeia a irmandade entre os povos, também tem seus momentos de guerra. A disputa exige que vença o melhor.
Fora das quatro linhas, aglomeram-se milhares de pessoas. Na Arena Corinthians foram mais de 60 mil. E não há ingressos disponíveis para qualquer outro jogo até o final da Copa.
Os brasileiros que agrediram a presidente Dilma Rousseff com vaias e palavrões estão insatisfeitos e não é com a Copa, mas pela forma como segue o país. A Copa é o motivo. O povo quer saber aonde vinha sendo colocado todo esse dinheiro que de repente pode financiar obras de infraestrutura necessárias há muitos anos, não só gora por causa da Copa. E tantas outras que não são cogitadas.
Esse povo que pagou caro pelo ingresso e que vaiou a Presidente, gosta de futebol, está contente de poder assistir uma Copa do Mundo em seu país, mas está descontente com a forma que o dinheiro público escorre pelas valas da corrupção e porque não vê um gesto dos governantes em estancar esta sangria desatada que impede o derradeiro desenvolvimento deste gigante que é o Brasil.
Nas ruas, as manifestações permeadas de delinquentes implantados por motivos específicos de promover o caos, resultam em temor. Não há brasileiro em sã consciência, que queira o pior para o país. No caos, todos perdem, inclusive os que acham que poderão assumir o poder fomentando a desordem e a insatisfação.
O número crescente de intenção de votos branco e nulo mostra que o momento é de grande dúvida. Os que se apresentam como proposta, ainda não conseguem convencer que são a melhor opção.
O momento é antagônico. Por um lado há uma euforia que faz soltar foguetes a cada gol. Por outro lado, a desordem e o medo.
Vamos torcer para que o futebol, que transforma pacatos em guerreiros buscando a vitória do seu time, transfira toda essa energia para a construção de um país melhor.

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