Notícias
17 de junho de 2014
Diagnóstico e tratamento para distúrgios do sono restabelecem qualidade de vida
A palestra da médica pneumologista Sílvia Chiodeli Senger, especialistas em Distúrbios do Sono, desvendou para cerca de 40 pessoas que aquilo que é aceito como normal por muita gente, não é. “Normal é dormir bem”, afirmou.
A palestra aberta ao público foi realizada na noite de segunda-feira (9), no Salão de Eventos do Hospital Notre Dame Júlia Billiart. O coordenador administrativo hospitalar, Daniel Griep recepcionou os participantes e explicou o propósito da instituição em oferecer conhecimento.
- Temos o compromisso de oferecer atendimento para a recuperação da saúde das pessoas e estabelecemos como missão contribuir para que as pessoas não adoeçam por falta de prevenção – afirmou.
Nesta linha de pensamento, o Hospital Notre Dame Julia Billiart realiza palestras e eventos há vários anos.
A médica Sílvia Senger, que se especializou em Distúrbios do Sono, ressaltou a importância de um bom sono. Enfatizou que a hora de dormir deve ser um momento agradável, em um ambiente saudável, livre de distrações e distante dos estimulantes que podem ser desde café, chimarrão até o computador, ou celular com acesso à internet.
- O sono é a hora de relaxar o corpo e de recarregar as energias, hora também em que os hormônios importantes do nosso corpo são liberados, como o GH que é o hormônio do crescimento, a insulina e leptina, que nos da a sensação de saciedade, entre outros - salientou a Dra. Sílvia.
Principais distúrbios
O ronco, considerado o mais comum deles, pode ser um sinal de alerta para outros problemas, como a apneia, uma desordem do sono caracterizada pela obstrução das vias respiratórias, a qual não permite a pessoa entrar em sono profundo.
- Se as pessoas próximas se queixam de que você ronca, leve-as a sério. As pessoas que roncam podem ser tomadas por crises de sono incontrolável durante o dia, o que certamente irá prejudicar seu desempenho no trabalho e torná-lo mais vulnerável a acidentes – afirmou a Dra. Sílvia Senger.
O ronco pode ser sintoma da síndrome da apneia obstrutiva do sono, patologia caracterizada por parada respiratória com duração de pelo menos dez segundos nos adultos, e dois ou três segundos nas crianças.
A médica apresentou dados que apontam uma média 30% de população sofrendo de apneia, sendo que destas, cerca de 80% convivem e não tratam. O grau da apneia é avaliado através de um exame chamando polissonografia, que registra as variáveis do sono. O tratamento mais eficaz tem sido o uso do CPAP, que é uma pequena máquina, semelhante a um compressor de ar, que fornece, de maneira contínua, um fluxo de ar para o paciente. Um ouvinte da palestra relatou o uso do aparelho dizendo que “ganhou outra vida”, a partir do tratamento.
Outro distúrbio abordado foi a insônia, que atinge cerca de 60% da população, cujos sintomas são dificuldade de dormir, ou dormir depois acordar e não conseguir mais entrar em sono profundo.
Menos conhecido como distúrbio, a síndrome das pernas inquietas, quando durante o sono a pessoa tem o hábito de chutar, é muito comum e prejudica a qualidade do sono.
Noites mal dormidas podem acarretar problemas cardíacos, dificuldades para perder peso, mau humor, falta de concentração, riscos no trânsito e de acidentes de trabalho, além de dificuldades nos relacionamentos.
- Sono não se recupera. Devemos ter entre sete e oito horas de sono diárias, sono este profundo e não superficial para termos uma boa qualidade de vida – reforçou a médica no final da palestra respondendo diversas perguntas.
