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Notícias

28 de novembro de 2014

Demora muito?

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Escolhemos a velocidade e a colocamos como princípio e como critério para escolhermos as coisas boas ou ruins. Nosso tempo está escorrendo em nossas mãos, quando por doença, férias ou por descanso nos encontramos conosco mesmos começamos a pensar na vida, daí percebemos quão rápido é o tempo e como tudo passa rápido.
Cada dia nos levantamos mais cedo e estamos indo dormir mais tarde, sempre com aquela angústia de que o dia foi curto, de que não conseguimos nos organizar o suficiente para aproveitar todas as horas possíveis, com a sensação de que faltariam mais uma ou duas horas para podermos ter feito tudo que queríamos fazer.
A realidade é esta, olhamos para o relógio apenas para verificar quantas horas faltam. As perguntas que enchem nosso cotidiano: demoram muito? Vou demorar aprender este tema? A conexão é demorada? Esta leitura é demorada? Emagrecer demora muito? Caso, sim, não aceitamos fazer, pelo fato de não termos tempo.
Até para comer procuramos algo que praticamente permita dispensar o trabalho de mastigar, algo fácil que possa pegar com as mãos, dentro do carro, ou em alguma sala de trabalho.
Tem algo errado nisto tudo, nesta correria diária.
Qual foi a última vez que almoçamos com calma? Mastigamos bem? Qual foi a última vez que deixamos de correr e percebemos quem são as pessoas que estão em nossa vida? Qual foi a última vez que abraçamos nossos familiares?
Vivemos correndo como ratos em busca de sobrevivência, somente sobrevivência, estamos nos esquecendo de viver, queremos só sobreviver.
Não é preciso estar na cama de um hospital para valorizar uma visita, é repetitivo, mas, sim, as pequenas coisas da vida nós salvam.
Correr menos, viver mais, enxergar quem está com você, saber viver a vida e não apenas sobreviver nesta correria.
O mundo nos exige mais resultados, muitas vezes é necessário ter mais de um emprego para conseguir dar conta do recado, mas até o aparelho de celular precisa ser recarregado e nós? Quando vamos nos recarregar das coisas que gostamos, dos lugares que nos fazem bem, das pessoas que nos fazem bem? Onde está nossa paz? Por que não valorizamos o silêncio, ficando em silêncio?

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