19 de dezembro de 2014

Depressão na infância

A depressão pode ser entendida como um estado de humor em que o indivíduo se encontra com o humor modificado, caracterizado por aspecto de tristeza constante, irritação, diminuição ou aumento de apetite, alterações no sono, sentimentos negativistas, dentre tantos outros sinais. Entretanto, esses sintomas não podem ser generalizados de maneira absoluta, pois dependem da faixa etária em que se encontra o sujeito e da análise do contexto em que isso está acontecendo.

Na infância o Transtorno Depressivo é um quadro sério e capaz de comprometer o desempenho, o desenvolvimento e a maturidade psicossocial e pode ser desencadeada por várias situações, dentre elas por razões aparentemente tolas para os adultos, como por exemplo, a perda de um animal de estimação, mudança de escola, nascimento de um irmão, dentre outros.

É importante considerar que existem momentos nos quais as crianças podem estar tristes, irritadas ou aborrecidas em resposta a vivências circunstanciais e que podem ser manifestações emocionais fugazes e passageiras. Entretanto o que pode levar a suspeitar de um quadro depressivo é quando essas manifestações são constantes e frequentes, quase caracterizando uma maneira dessa criança ser e reagir.

Os sintomas depressivos na infância podem tomar outra face, isto é, não apresentam necessariamente sinais tão parecidos com os dos adultos, pois o adulto deprimido consegue falar sobre seus sentimentos e sintomas, já a criança não consegue ter essa consciência e sua depressão só pode ser, indiretamente, suspeitada através de seu comportamento.

Os pequenos, muitas vezes, demonstram agitação motora agregados a outros sintomas, ou ainda, problemas físicos, tais como dores inespecíficas, fraqueza, tonturas, mal estar geral, enfim, queixas que não respondem a um tratamento médico habitual. Nem sempre carinha triste, falta de motivação para atividades diárias ou lentidão de movimentos e ações estão presentes nos quadros de depressão infantil.

É importante salientar que todos os sintomas ou sinais devem ser entendidos como indicadores de que algo não está bem e como uma forma de comunicação que a criança nos faz de um estado interno dela, contudo, as causas mais profundas serão passíveis de serem entendidas através de uma avaliação psicológica ou psicoterapia.

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