16 de janeiro de 2015

Silêncio!

Passamos boa parte da vida na busca de respostas, explicações para muitas questões que intrigam e deixam inquieto nosso coração. A filosofia budista prega um ensinamento importante: devemos valorizar o silêncio em nosso cotidiano.
Vivemos num agito, numa rotina esmagadora. Muitas vezes, não temos tempo nem de dormir. Terminamos o dia com a sensação de que ele poderia ter mais algumas horas. Quando notamos a semana já terminou e outra está a começar, de repente nos espantamos que mais um ano acabou.
E toda esta corrida nos impede de valorizar o silêncio. O simples e importante silêncio, saber reconhecer o silêncio do silêncio.
Quando silenciamos, podemos ouvir melhor, sentir melhor, entender mais o significado da vida. Como estamos acostumados a falar alto e viver no barulho é difícil fazer silêncio das palavras, dos sons que emitimos, mas o mais difícil ainda é o silêncio interior.
Parece que estamos sempre fugindo da reflexão, da paz, do silêncio, parece que estamos fugindo do encontro com nós mesmos e com a realidade. Acabamos criando falsas realidades, acreditamos em nossas fantasias e nos incomodamos com o silêncio.
Estamos viciados no entretenimento, precisamos estar fazendo alguma coisa, precisamos estar ligados, facebook, celulares, enfim a mente ligada o tempo todo. No meio de tantos pensamentos existem espaços vazios e deveríamos saber encontra-los.
A paz que tanto procuramos começa no silêncio. O silêncio é uma prece. Que possamos aprender a estar na presença de alguém sem precisar conversar. Estar realmente presente. Tenha certeza que esta experiência, sem nada além disto, fascina e acalma.
Quem sabe possamos reaprender a realmente estar presente no presente momento que vivemos, sem nos conectarmos a coisas extras. As experiências mais importantes são silenciosas. Que possamos algumas vezes no dia, na semana, durante a vida, nos recolher em nós mesmos e ouvir o grande silêncio, sem apego, apenas apreciar a vida.
Já dizia Confúcio “O silêncio é um amigo que nunca trai”. Há quem diga também que o grande segredo da felicidade é ser feliz em silêncio.

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