Passo Fundo/RS: Chuvas esparsas
Carazinho/RS: Chuvas esparsas
Passo Fundo/RS: Chuvas esparsas
Carazinho/RS: Chuvas esparsas

Notícias

13 de março de 2015

Um coração para Willian

O máximo de esforço que Willian pode fazer é chutar a bola na parede
O máximo de esforço que Willian pode fazer é chutar a bola na parede

Um menino de apenas oito anos descobriu cedo o que é o limite pela fragilidade do seu coração. Não pode correr com os amigos na hora do recreio e nem jogar bola com os colegas nas aulas de educação física. Cuidados com os excessos físicos são medidas preventivas para evitar os problemas cardíacos enfrentados desde os quatro meses de idade.
Este menino é Willian Cardoso, que precisa de um coração saudável e somente vai obter com a realização de um transplante. Com sintomas de febre alta prolongada, Willian teve paradas cardiorrespiratórias, quadros infecciosos e até a perda de visão do olho direito que depois voltou ao normal.
- Prefiro que ele brinque em casa porque eu posso cuidar. Ele acha que sempre pode acelerar o ritmo – conta precavida a mãe do menino, a dona de casa, Catia Cardoso, casada com o metalúrgico Jaques Eleandro Cardoso.
Estudante do 3º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Nossa Senhora de Lourdes, Willian precisa se submeter ao transplante de coração para ter uma vida normal e saudável, como dos amigos que podem correr. Frágil, Willian pode, no máximo, chutar a bola na parede.
A mãe do garoto, atualmente em casa, concentra suas energias no bem estar do filho, que os obrriga a idas de carro da Secretaria Municipal da Saúde quase todas as semanas, a Porto Alegre para realização de consultas e exames no Instituto de Cardiologia.
Internado do dia seis de novembro a nove de janeiro por complicações cardíacas causada por uma cardiopatia hipertrófica foi descoberta ainda uma lista de problemas pelos médicos: taquicardia ventricular sustentada, endocardite infecciosa subaguda e infecção devido ao vírus da herpes.
- O Willian toma medicamentos para manter normal os batimentos, mas já tem histórico de três ataques cardíacos. Não podemos fazer uma campanha especifica para o Willian, mas podemos incentivar mais pessoas a serem doadores de órgãos – comenta a mãe na expectativa de um coração compatível.
O ano de 2014 foi de muitas idas e vindas ao médico. Em janeiro, foi descoberto que Willian teve uma lesão causada pela bactéria endocardite que afetou o seu coração.
A doença é formada por bactéria e germes que vêm de outras partes do corpo (como a boca) se espalham na corrente sanguínea conectando a áreas afetadas do coração. Antes de descobrir a bactéria, há dois anos, Willian teve que implantar no seu corpo um desfibrilador, contra possíveis paradas respiratórias.
- Estava brincando com um ímã, o desfibrilador disparou. Ficou internado durante dois meses e então os médicos descobriram o que ele tinha a bactéria que lesionou ainda mais o coração – lamenta a mãe que sofre com o quadro de fragilidade do menino.
Enquanto fica a espera de um coração, mãe e filho pegam a estrada dias 24 e 31 de março, em direção a Porto Alegre, para consulta e novos exames no Instituto de Cardiologia. Apesar de ainda ser uma criança, Willian tem consciência dos riscos de sua doença e mal tem coragem de esperar pela cura, pois sabe que outra criança precisa morrer.
Mesmo com a assistência da Secretaria Municipal da Saúde, a família tem muitas despesas e conta com poucos recursos. Cátia Cardoso não pede, mas admite que qualquer ajuda é bem vinda. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo telefone 54-9627-3714. A família está organizando uma rifa.

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Permitir