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8 de dezembro de 2015
Cotrijal quer lavouras livres de doenças
Com a expectativa de um verão mais chuvoso, o que mais preocupa os produtores de soja nesta safra de 2015/16 são as doenças, em especial a ferrugem asiática, que por ser mais severa pode causar as perdas mais significativas. Atenta a isso, e antes que as doenças entrem nas lavouras, a Cotrijal está promovendo, em conjunto com a Syngenta, ciclo de palestras para informar aos agricultores quais as melhores estratégias de manejo.
O primeiro encontro aconteceu na noite de quarta-feira (2), na sede da Associação dos Funcionários da Cotrijal, em Não-Me-Toque, e reuniu associados de Não-Me-Toque, Victor Graeff, que tiveram uma aula sobre manejo de doenças em soja e uso de fungicidas com o engenheiro agrônomo e doutor em fitopatologia, Lucas Navarini, do IFRS, campus Ibirubá.
O professor e pesquisador iniciou a palestra alertando os produtores para um cenário mais agressivo para doenças nesta safra, em especial da ferrugem da soja. Segundo ele, as folhas são as geradoras de energia e que irão encher os grãos posteriormente e, por isso, é fundamental preservá-las. “O produtor vai ter que agir de forma preventiva para não perder em rentabilidade e produtividade. Fazer a primeira aplicação ainda no estádio vegetativo e respeitar os intervalos entre as aplicações”, pontuou.
No Paraná (PR) já se verifica uma progressão da doença, com focos diagnosticados em lavouras comerciais. Além do fenômeno El Niño, outro motivo que, segundo Navarini, pode ter favorecido a ocorrência precoce da doença é o aumento de soja guaxa ou voluntária. “Em muitas das lavouras visitadas observamos grande quantidade de soja guaxa que sobrou da entressafra. Isso favorece a permanência do inóculo do fungo causador da doença e propicia seu aparecimento precoce na safra”, explicou.
Ao falar do “namoro” das doenças com a soja, Navarini foi enfático ao afirmar que se o agricultor quiser ter lucro nesta safra terá que também ser cuidadoso com a escolha dos fungicidas. Na última safra de verão ficou comprovada a resistência do fungo da ferrugem a alguns produtos do grupo das estrobilurinas. “Os fungicidas, sozinhos, não são totalmente efetivos para ferrugem. Doenças como a mancha foliar e o oídio afetam o potencial residual e de controle da ferrugem pelos fungicidas, o que obriga o produtor a entrar mais vezes na lavoura e, consequentemente, a gastar mais”, observou.
Ele alertou ainda para as doenças do solo. “Ao repetir uma mesma cultivar em cima da mesma área por mais vezes, o produtor corre o risco de gerar raças de doenças com maior severidade”, pontuou.
Para concluir, o professor destacou que o monitoramento constante das doenças, desde a fase vegetativa, somado a uma boa orientação técnica, irá fazer toda a diferença na hora de contabilizar os lucros com os grãos da soja neste ciclo. “A orientação é para que os produtores redobrem os cuidados de monitoramento e falem com o seu assistente técnico antes de qualquer decisão para que adotem a melhor opção de manejo para sua propriedade”, disse.
Agenda – Na quinta-feira (3), foi a vez dos associados de Vista Alegre receberem orientações (confira agenda).
De olho na ferrugem
Foto (Diemerson): Diemerson, de Victor Graeff, planejou manejo de aplicações com técnico
Mesmo com o clima adverso e o aparecimento antecipado da ferrugem da soja no Estado, o produtor Diemerson Borghardt, de Linha Jacuí, interior de Victor Graeff, espera superar os 70 sacas/ha de soja da safra passada nos 400 hectares de área plantada. “A chuva não tem deixado a gente entrar na lavoura para fazer o controle das plantas daninhas. Isso nos preocupa um pouco”, disse.
Nesta safra, o associado da Cotrijal optou pela soja Intacta, investiu em novas tecnologias para o controle de doenças e já programou o cronograma de aplicações, com base em orientação de técnico da Cotrijal, para garantir um bom manejo.
Agenda
Dia 10/12 - 20h- Estação, na Associação dos Funcionários
Dia 14/12-20h- Saldanha Marinho, na Câmara de Vereadores
Dia 17/12 - 20h- Carazinho, na Associação dos Funcionários
Dia 12 de janeiro - 20h- Passo Fundo, na Associação dos Funcionários
Nas demais unidades as palestras serão conduzidas por profissionais da Syngenta
Fonte: Assessoria de Imprensa Cotrijal
