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Notícias

23 de fevereiro de 2016

Negrinho do Asfalto de volta a Não-Me-Toque

Neguinho do Asfalto, recebido pela família de Renato Barzotto, dedica a vida a pedalar A FOLHA / Não-Me-Toque (RS)
Neguinho do Asfalto, recebido pela família de Renato Barzotto, dedica a vida a pedalar
A FOLHA / Não-Me-Toque (RS)

Na sua incessante jornada sobre duas rodas, Antônio Rogério do Nascimento, o Neguinho do Asfalto, como ele mesmo gosta de se apresentar, passou mais uma vez por Não-Me-Toque no mês de fevereiro. Sua primeira passagem foi em agosto de 2015, quando foi recebido até pela prefeita Teodora Lütkemeyer, fez amigos e agora o destino o trouxe de volta.

Depois de passar a noite no Hospital Alto Jacuí, onde recebeu soro e fortificante, foi direto para a casa de Renato Barzotto, onde já havia sido acolhido.

- Aqui a gente faz a manutenção da bicicleta e ele descansa – disse Renatto. Sua esposa Teka se tornou amiga do ciclista aventureiro e pagador de promessa.

- O Neguinho é uma pessoa muito boa e tem uma história que comove a gente disse Teka.

Antônio Rogério do Nascimento, 40 anos, vem rodando estradas do Brasil – e do mundo, segundo ele – há pelo menos 26 anos. Sua maratona iniciou em 1991 com o objetivo de pagar promessa a Nossa Senhora. Quando criança, diz que sofreu paralisia infantil e não enxergava. Fez transplante dos rins, de um dos pulmões, e ainda tem um marca passo no coração. Prometeu, então, que se ‘sobrasse saúde’ pedalaria pelos próximos 30 anos.

Na Internet tem registro de sua passagem por Curitiba-PR (2010), Maringá-PR (2011), Fortaleza-CE (2012), Júlio de Castilhos-RS pela terceira vez (2012), Uberlância-MG (2014), Nova Milano-RS (2015), Sarandi-RS e Não-Me-Toque-RS (fevereiro de 2016).

Neguinho conta que já esteve no Peru, na África, e pretende chegar ao Canadá, em 2022, quando vai parar.

Em cada lugar por onde passa faz amigos e recebe ajuda para continuar na estrada.

- Eu vivo da bondade das pessoas. Graças a Deus recebo ajuda e vou seguindo – comenta demonstrando felicidade pela acolhida na casa dos Barzotto.

Neguinho do Asfalto é natural de Corumbá (MS). A casa do aventureiro são os postos de combustíveis. Na bicicleta carrega uma barraca que arma nos postos onde para. Leva também uma coberta e alguns mantimentos. Percorre uma média de 150 quilômetros por dia e pelas suas contas já foram mais de 300 mil quilômetros, 187 pares de tênis e cerca de 225 pneus. Já teve sete bicicletas. A última ganhou de um empresário no Paraná, que conseguiu diretamente com o fornecedor.

Entre relatos desencontrados e outros que comprova com uma pasta onde estão dezenas de reportagens sobre as andanças, Neguinho mostra por que virou uma lenda das estradas.

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