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Notícias

12 de julho de 2016

Born to be rocker!

Daniel Kobra assina o artigo sobre o Dia Mundial do Rock
Daniel Kobra assina o artigo sobre o Dia Mundial do Rock

 Amanhã é o dia mundial do rock....

Antes de mais nada, um pouco de história (fonte wikipedia):

" O dia 13 de julho é conhecido no Brasil como Dia Mundial do Rock. A data celebra anualmente o rock e foi escolhida em homenagem ao Live Aid, megaevento que aconteceu nesse dia em 1985. "

É interessante que, hoje em dia, apesar do estilo ter sido preterido completamente da mídia, o rock está muito bem, obrigado! E, principalmente, no que diz respeito ao cotidiano, ao dia a dia, na superfície e não oculto pelo holocausto cultural que assola o país.

Em minhas andanças me deparo com tantas bandas, festivais e gente que se dedica ao rock que penso logo nas tentativas de estereotipá-lo cada vez mais, nos meios para ignorá-lo e excluí-lo das programações das rádios e tvs. A internet teve papel fundamental para a divulgação do rock n roll em sua forma original e o mantém vivo e desperta o interesse nas gerações mais novas.

Sim, pode parecer incrível mas, apesar da pseudo cultura brasileira atual, do verdadeiro holocausto promovido pela massificação, o rock resiste. O que, enfim, não deixa de ser sua característica.

Considero o panorama atual dividido em três partes distintas: o rock mainstream (aquele rock que aparece, de vez em quando,  na tv. Por exemplo: bandas que aparecem em programas como "domingão do faustão" e afins e que são sempre as mesmas e são "acolhidas" por alguma grande emissora e que nada fazem ah não ser "requentar" seus velhos sucessos sem trazer nada de relevante ou instigador ao público); o underground propriamente dito (movimentos coordenados, cena ativa, manutenção de espaços para apresentação e produção ininterrupta. Ex.: bandas de metal extremo, hardcore e variantes. Um exemplo bem próximo: a banda DxLxM, de Não-Me-Toque, que faz grindcore/crust, já lançou um cd independente e agora se prepara para lançar um EP com a banda belga Agathocles) e os resistentes (gente como eu, que continua tocando rock n roll apesar  da pressão para que façamos justamente o contrário. Catando lugares, apresentando-se em praças, ruas e aonde mais aceitarem o idealismo roqueiro. Porém, continuamos na resistência e conseguimos romper algumas brechas, quebrar alguns tabus, derrubar mitos e permanecer na estrada realizando shows com uma frequência regular!).

Sinto-me a vontade em falar sobre rock n roll. Nos meus 45 anos de vida, 32 são dedicados a este estilo musical. Desde 1996, como profissional, subindo aos palcos com banda e, depois disso,  desde 2013 como artista solo, colecionando memórias, histórias, aventuras e conquistas relacionadas e me orgulho de ser um "roqueiro".

Há poucas semanas atrás, um amigo me perguntou: "- Se você não tocasse rock. Qual estilo gostaria de tocar?" Pergunta fácil! Tocaria folk ou blues. Mas, em se tratando de ritmos brasileiros, me fixaria na música gaúcha. Assim como muitos amigos roqueiros gaúchos, o respeito pela tradição, história e ritmos locais são compartilhados sem exceções!

Sou pai de família, trabalhador e cidadão que paga seus impostos e continuo rocker!!!!  Lembro do início de tudo, quando era chamado dos mais variados adjetivos pejorativos porque decidi usar uma calça rasgada (acredite! Em 1986 não era nada fácil manter uma identidade destoante do establishment por aqui!)  segurar uma guitarra e tocar rock. Ou então as milhares de vezes que ouvi que "róque é coisa do diabo" ou que "quem faz isso ou é louco ou vagabundo!". Qualquer bar ou casa noturna que abrisse as portas para que a banda pudesse tocar era, imediatamente, taxado de "antro", etc.....

Pois o tempo foi passando e muitas dessas pessoas  acabaram por ver seus filhos (uma ironia do destino!) formando bandas e frequentando os mesmos lugares que nós!

Modéstia a parte: permaneço fiel as minhas origens roqueiras. Quem me conhece sabe do meu gosto musical, de quanto lutei e continuo lutando - pois o rock n roll é resistência! - pelo meu espaço no mundo artístico.

Bem, para finalizar, uma frase de uma letra que escrevi há alguns anos atrás:

"Rock n roll não é moda! É estilo de vida!"

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