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Notícias

8 de maio de 2019

Economia do conhecimento: seu impacto nas pessoas, empresas e cidades

Jocelito André Salvador

Quem sabe você já tenha se deparado com este termo, ou seja, a economia do conhecimento. Será esta uma nova era mundial? Será uma onda passageira?

Muito se fala em inovação, indústria 4.0, assim como outras versões 4.0, como a educação 4.0, por exemplo. Porém, sem entrar no mérito das versões 4.0, é relevante termos em mente que estes conceitos estão baseados justamente na economia do conhecimento.

Pois então, o que é esta economia do conhecimento?

Para Castells (2009) e Julien (2010) é a era histórica-econômica em que se vive atualmente. Sendo que tal era é caracterizada pelo conhecimento sendo o principal fator da produção e a tecnologia como seu principal recurso.

Caso queira conhecer mais destes autores e suas obras, basta avaliar CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: a era da informação, 2009 e JULIEN, Pierre-André. Empreendedorismo regional e a economia do conhecimento, 2010.

Aliás, para reforçar a ideia de que o conhecimento é o principal fator de produção e a tecnologia o seu principal recurso, queira analisar esta constatação:

“... um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado ainda em 1999, revelou que mais de 55% da riqueza gerada no mundo, naquele período, veio do conhecimento. Quer dizer que pela primeira vez na história da humanidade, os fatores de produção tradicionais (terra, capital, trabalho e matéria prima) deixaram de ser os principais criadores de riqueza, cedendo lugar ao conhecimento.” (CAVALCANTI, Marcos. A crise de governança e a revolução digital e do conhecimento. 2017).

Esta citação e mais detalhes sobre a gestão estratégica do conhecimento podem ser analisados na obra Inovação e Cidades Inteligentes: desafios e oportunidades para as cidades do século XXI, que escrevi juntamente com a Valeska Schwanke Fontana Salvador.

Pois bem, se é verdade que o conhecimento tem mais valor que a terra, o capital, o trabalho e a matéria-prima, então quer dizer que não precisamos mais destes?

Naturalmente que necessitamos destes fatores de produção. Contudo, você já deve ter percebido também que ter terra, capital, trabalho e matéria-prima sem conhecimento agregado e tecnologia aplicada não faz muito sentido. Não é mesmo?

Prova disso, são os grandes avanços que se obtiveram nos últimos anos em diversas áreas, seja no agronegócio, seja na indústria automobilística e muito mais na indústria da tecnologia da comunicação e informação.

Não é à toa que hoje, as cinco empresas mais valiosas do mundo são, pela ordem:

  1. Amazon
  2. Apple
  3. Google
  4. Microsoft
  5. Samsung

As informações foram apresentadas pela Revista Exame, em janeiro deste ano, com base nos dados da Brand Finance 2019. Caso queira ver mais, acesse:  https://exame.abril.com.br/marketing/amazon-e-a-marca-mais-valiosa-do-mundo-revela-brand-finance-2019/

Naturalmente, que você já percebeu que todas estas empresas têm em comum muito conhecimento que foi sendo desenvolvido, aprimorado e embarcado em produtos e serviços, no decorrer das últimas décadas.

Isto é uma comprovação, inequívoca, de que a economia do conhecimento é algo real e não simplesmente acadêmica. Por isso mesmo, não pode ser por nós, ignorada.

Tendo constado isso, resta a nós nos adaptarmos à economia do conhecimento. Justamente por isso é que defendo os conceitos de inovação, empresas e cidades inteligentes.

Sobre a inovação e as cidades inteligentes, nós vamos falar em outra oportunidade. Porém, a ideia de empresas inteligentes é altamente relevante para a nossa sociedade. Não somente para as grandes empresas, mas para qualquer uma, mesmo que seja uma empresa individual.

Assim, para que uma empresa possa ser, de fato, inteligente há alguns critérios, que vale a pena atentarmos.

Vale lembrar, porém, que administrar o conhecimento, desenvolver as competências essenciais, ter uma proposta de valor clara, utilizar as melhores tecnologias e ter a inovação no DNA, embora sejam as bases das empresas que se diferenciam no mercado, tais empresas continuam a depender de pessoas que desenvolvam o seu conhecimento em prol da organização.

O certo é que, em pleno século XXI, vivemos em plenitude os efeitos da economia do conhecimento no nosso dia a dia e como não podemos simplesmente querer mudar a rota do mundo, devemos nos adaptar e buscar a nossa evolução contínua.

Isto fará, certamente, com que tenhamos inovação, empresas e cidades inteligentes hoje e amanhã.

Jocelito André Salvador, Founder e CEO da Conducere Inteligência Corporativa. Mentor e assessor de Smart Business. Professor universitário, com ênfase em controladoria, educação corporativa, gestão do conhecimento e inovação. Co-autor do livro Inovação e Cidades Inteligentes: desafios e oportunidades para as cidades do século XXI.

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