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Notícias

27 de maio de 2019

Apae apresenta projeto Centro Cultural na nova sede

Felipe Keller | reporter@afolhadosul.com.br

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Não-Me-Toque apresentou, na noite 4 de abril, na sala de eventos do Ibis Hotel, o projeto do “Centro Cultural Franciscus Johannes Stapelbroek”. O encontro reuniu representantes de empresas e de escritórios de contabilidade para apresentar o projeto e buscar apoio para viabilizar o financiamento do projeto cultural da instituição. Os recursos poderão vir de doações para serem abatidas na declaração de imposto de pessoa física e jurídica. Também serão aceitas doações não dedutíveis.

A estrutura apresenta auditório multiuso com área de 113,82m², com um palco, dois camarins, banheiros, saguão e salas de depósito e atividades num total de 748,55m² de área. O centro cultural será construído junto à nova escola localizada ao lado do Lar do Idoso, no bairro Três Irmãos, loteamento da empresa Stara.

De acordo com a presidente da entidade, Márcia Stapelbroek, a obra está projetada para possibilitar o desenvolvimento físico, intelectual e social dos assistidos pela instituição. O Centro Cultural também será disponibilizado para atividades culturais da comunidade local e regional. O novo espaço vai oportunizar a realização de espetáculos, exposições, conferências, cursos e outros.

O nome escolhido - Franciscus Johannes Stapelbroek – homenageia quem auxiliou na construção da primeira Apae de Não-Me-Toque, que sempre apoiou as pessoas com deficiência intelectual e múltipla engajando sua família, cujos membros ajudam a instituição de forma voluntária há 43 anos. O valor total da obra (escola e centro cultural) está orçado em mais de R$ 4 milhões.

Ivan Fleck, Mircéia Kellermann, Meindert Borg, Márcia Stapelbroek, Fábio Bocasanta e Derli Kissmann.

Projeto cadastrado no Ministério da Cultura

A empresa Appoiare Instituto de Pesquisa e Capacitação, de Erechim, conseguiu a aprovação do projeto no sistema do Ministério da Cultura, buscando os incentivos da Lei Rouanet. Na prática, possibilita que doadores descontem valores do imposto de renda devido.

A diretora Tainete Farina explicou que pessoas físicas e jurídicas podem destinar parte do imposto de renda devido para projetos culturais. A pessoa física tem limite de 6% do imposto devido e a pessoa jurídica até 4% do imposto devido.

- Para deduzir o valor doado, a pessoa física precisa fazer a declaração completa, não pode ser simplificada, e a jurídica precisa declarar pelo lucro real – explicou Tainete.

O valor para executar o projeto do centro cultural é de R$ 2.146.000,00.

A importância do Centro Cultural para Apae

O auditório, segundo a diretora da Apae, Mircéia Kellermann, foi projetado para desenvolver potencialidade de pessoas com fragilidade intelectual e cognitiva. Segundo Mircéia, o objetivo é beneficiar tanto os alunos que utilizam a escola de educação especial - que mais precisam auxílio de monitoria -, quanto outras pessoas da comunidade. Por isso, foi elaborado um projeto especifico.

- O Centro Cultural vem ao encontro de uma necessidade e desejo da Apae, que é beneficiar uma parte da clientela que tem o desenvolvimento intelectual limitado, oferecendo projetos relacionados à cultura, música, canto, teatro, dentro da própria instituição – explicou.

O Centro Cultural será aberto à comunidade, com locação do espaço de acordo com um regulamento.

Doação pessoa física

A pessoa física que deseja depositar para o projeto precisa fazê-lo durante o calendário de 2019 para abater no imposto de renda a pagar no ano de 2020, quando declarar o exercício de 2019. Existe um limite de 6% do imposto devido. Se as pessoas têm 10 mil reais para ser pago de IR, tem 6% de limite que pode abater, ou seja, R$ 600.

Doação Pessoa Jurídica

O patrocinador Pessoa Jurídica, que apura o Imposto de Renda a partir do Lucro Real, poderá deduzir 100% do valor doado até o limite de 4% do imposto devido.

Os representantes da empresas presentes na reunião levarão a ideia às suas organizações. Um novo encontro será agendado.

Comissão pró-construção

Para buscar a viabilidade de construir a nova sede da Apae foi formada uma comissão que conta com 13 integrantes:

Márcia Stapelbroek, Meindert Borg, Ivan Fleck, Claudiomir Spagnol, Fábio Bocasanta, Derli Kissmann, Alberi de Mattos, Enio Schroeder, Paulo Finger, Ana Bocasanta, Marisa Alberton, Mirceia Kellermann e Leandro Roehe.

A nova sede da escola

Ao lado esquerdo fica o Centro Cultural e à direita as instalações da Escola de Educação Especial Jesus de Nazaré, mantida pela Apae.

O projeto do empreendimento une o Centro Cultural com as instalações da nova sede da Escola de Educação Especial Jesus de Nazaré, mantida pela Apae. Ao todo, serão pelo menos 2 mil m² de área construída, contemplando a estrutura do Centro Cultural, mais recepção, secretaria, salas de aula, sanitários com acessibilidade para cadeirante, cozinha, refeitório, sala de atendimento de especialidades, pátio cercado entre outros espaços.

O custo total da obra está sendo orçado. Enquanto que o Centro Cultural busca financiamento através de doações pela Lei Rouanet, a sede da Apae será construída com recursos próprios que contam inicialmente com R$ 1.4 milhão com origem na venda da atual sede para a prefeitura, que já pagou R$ 700 mil e tem mais uma parcela de R$ 300 mil para ser paga até o fim de 2019 e R$ 400 mil para 2020.

O restante para viabilizar a obra será buscado em doações e promoções.

- Precisamos iniciar a obra. Acreditamos que temos sucesso na captação dos recursos porque o projeto contempla o bem estar dos alunos especiais, permite o atendimento de uma demanda crescente e a causa da Apae sensibiliza todas as pessoas – comentou a presidente da entidade Márcia Stapelbroek.

Responsável técnico, arquiteto Daniel Rodighero apresentou o projeto da obra.

 

 

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