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Dois edifícios constroem rede especifica que vai desaguar no riacho do Aquático o resíduo líquido que deve ser tratado

10 de fevereiro de 2020

Rede para esgotamento sanitário de dois edifícios incomoda moradores

Dois edifícios constroem rede especifica que vai desaguar no riacho do Aquático o resíduo líquido que deve ser tratado

A falta de rede de coleta para destino e tratamento do esgoto da cidade de Não-Me-Toque acumula problemas. Deflagrada em meados do ano passado, em função da denúncia que impediu o serviço de iniciativa privada coletar e despejar a limpeza de poços negros e fossas sépticas, o destino do esgoto, responsabilidade da Corsan e da prefeitura, vem acumulando problemas.

Parcialmente resolvido com a instalação de tanques para armazenagem da coleta instalados pela prefeitura, o destino dos resíduos ainda carece de solução definitiva, ou aceitável. A Corsan ainda não conseguiu cumprir a sua parte.

Nos últimos dias, foi a vez dos moradores das imediações da Rua Nelson da Silveira e início da Augusto Scherer. Eles estão apreensivos devido às obras de canalização dos resíduos de dois edifícios em construção na Rua Cel. Alberto Schmith.

Em entrevista à rádio Ceres na manhã de terça-feira (28), a secretária de Administração Noeli Machry do Santos, explicou que a obra tem autorização da prefeitura e do Ministério Público e está sendo executada pelas construtoras de acordo com o que prevê o Código de Obras do município.

- Nossa cidade ainda não foi contemplada com investimentos na rede de esgoto, por isso o Código de Obras estabelece o tratamento do esgoto dentro dos prédios e a canalização do líquido (resíduo) tratado, na rede pluvial da cidade - esclarece.

A secretária explica que, para esta obra específica - dois grandes empreendimentos imobiliários -, as construtoras Josué e Mânica apresentaram projeto que foi alvo de reclamações voltou para ser rediscutido. A Administração contratou empresa para estudo e projeto visando à canalização do resíduo de forma menos impactante possível para a população.

Desta forma, a canalização está sendo construída a partir das ruas Jacob Strehl e Augusto Scherer, devendo ligar-se à rede no entroncamento destas com a Olavo Bilac, na canalização que vai dar no riacho do Grêmio Aquático. Este riacho, por sua vez, vai desaguar no Arroio Bonito.

- Não temos o que fazer com o esgoto. A prefeitura não pode impedir o desenvolvimento urbano, mas pode fiscalizar para que as águas não saiam poluídas.

Noeli afirmou que o projeto tem o conhecimento do Ministério público e se colocou à disposição para uma nova reunião com os moradores, quando poderão questionar os engenheiros responsáveis pelo projeto, o agrimensor contratado pela prefeitura e o promotor público, para esclarecer dúvidas e saber como podem exercer seus direitos.

O problema do mau cheiro que exala das bocas de lobo na rede pluvial da cidade, que recebe resíduos de outros edifícios, comprova que a preocupação dos moradores é pertinente.

A cidade cresceu e, nos últimos anos, recebeu obras de infraestrutura como pavimentação, saúde, educação e moradia, que atendem uma carência histórica. A partir de agora, o saneamento deverá pautar o projeto de governo de todos os candidatos. Não é mais possível planejar o desenvolvimento da cidade sem pensar no destino dos seus dejetos.

A população também deve estar ciente de que tem responsabilidade sobre este aspecto. Esgoto tratado tem custo financeiro e quando não é tratado, tem custo para o meio ambiente. E meio ambiente é o local onde todos vivemos e de onde vem nosso sustento.

Por: Helaina Gnoatto Zaet - contato@afolhadosul.com.br

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