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Notícias

14º Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico Debate Tratamento Precoce da Covid-19

21 de julho de 2020

Ernani Polo defende ajustes no modelo de Distanciamento Controlado para corrigir distorções

No momento em que o Rio Grande do Sul registra mais de 45 mil casos e mais de 1,1 mil mortes por coronavírus, a 14ª edição do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico abordou, na noite dessa sexta-feira (17), o tema “Informações e Experiências sobre o Tratamento Precoce da Covid-19”. O encontro, coordenado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, contou com a participação de médicos de diversas regiões do Estado e do país, além do vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Emmanuel Fortes. Ao abrir o evento, Polo lembrou o início das atividades do Fórum, em 26 de março, com o objetivo de discutir caminhos para a manutenção e preservação das atividades econômicas durante e após a pandemia. O parlamentar destacou o papel da Assembleia Legislativa de promover discussões sobre os mais diversos assuntos, como o do tratamento precoce contra o coronavírus, ouvindo de forma respeitosa e sem preconceitos especialistas que estão na linha de frente do enfrentamento à doença. “Ouvindo todos vamos encontrar o melhor caminho, sempre defendendo a autonomia do médico”, afirmou.

O deputado avaliou que, após quatro meses de restrições às atividades, as pessoas estão chegando ao limite, a ponto de perderem a racionalidade, por verem seus negócios à beira da falência e sem perspectivas. Reiterou que os empreendedores estão cumprindo todos os protocolos exigidos pelas autoridades, mas que há um desequilíbrio e tratamento desiguais, sendo que alguns estão abertos e outros autorizados a funcionar quase que normalmente. Nesse sentido, defendeu ajustes no modelo de Distanciamento Controlado, do governo do Estado, para corrigir distorções.

O médico urologista Luciano Zuffo, presidente da Sociedade Médica de Canoas, defendeu a tentativa de barrar o avanço do coronavírus com o tratamento precoce. “A medicina é uma ciência com verdades transitórias. Ninguém está querendo estimular medicamentos aleatoriamente, mas em cima do Ato Médico, para que se possa controlar a doença. Entendo os lados da discussão que se impõe hoje. Quem defende o lockdown tem seus argumentos, e quem defende uma flexibilização também tem os seus. Atrás de tudo isso, está o paciente. Sabemos que estamos em um momento crítico. Mas não é hora de ousar como foi feito em outros Estados?”, questionou.

14º Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico Debate Tratamento Precoce da Covid-19

Experiência do Amapá

Presidente do Comitê Médico de Enfrentamento à Covid-19 e assessor técnico da Defesa Civil do Amapá, o cirurgião Pedromar Valadares fez um relato sobre a realidade do Estado da região norte. Disse que mesmo antes da pandemia, a situação da saúde local já era precária para a maioria dos 850 mil amapaenses, que vivem em 16 municípios. Apenas 8% dos habitantes têm acesso à saúde privada. Na capital Macapá, por exemplo, onde vivem cerca de 500 mil pessoas, há apenas dois hospitais privados. “Antes, a situação já era de guerra. Com o coronavírus, se previa o colapso do sistema de saúde pela falta de UTIs. Foi prevista uma situação muito crítica”, contou.

Para o enfrentamento da pandemia nessas condições de precariedade, foi sugerido pelo comitê estadual e aprovado pelo Conselho Regional de Medicina e Ministério Público um protocolo para a tentativa de tratamento precoce dos casos suspeitos de coronavírus. Segundo gráficos apresentados pelo médico, o “cenário de tempestade perfeita” se desfez, com a redução da letalidade da doença, apesar do aumento dos casos confirmados desde o início de abril, quando comprimidos de hidroxicloroquina e outros medicamentos começaram a ser distribuídos à população nos postos de saúde. Os óbitos estão estabilizados atualmente. Números do balanço divulgado nessa sexta-feira (17) mostravam 499 mortes, 33.436 casos confirmados e 22.154 recuperados no Amapá.

“Vimos que não adianta focar na atenção após o agravamento da doença, mas no atendimento primário. Temos o cuidado de falar em abordagem precoce, que é mais completa já que a população é orientada sobre como agir, e não em tratamento precoce. Conseguimos avançar dentro de um cenário adverso. A ocupação dos nossos leitos de UTI está em 40%. A abordagem precoce não compete com outras medidas no enfrentamento ao vírus”, avaliou.

Experiência de Gramado

Diretor técnico do Hospital de Gramado, Márcio Müller explicou que foi necessário aprender uma maneira de controlar a doença em seus primeiros momentos, de encontrar um tratamento precoce e preventivo. “O hospital em Gramado tem 10 leitos de UTI. conseguimos organizar nosso hospital, e chegamos a 34 ventiladores, mas ainda assim, acreditávamos que aquilo não seria suficiente e começamos a buscar mecanismos que pudessem combater a pandemia de forma mais racional”, informou.

Em abril, foi iniciado na cidade da serra gaúcha o tratamento precoce e, desde então, registrados todos os atendimentos efetuados. Até quinta-feira (16), haviam sido disponibilizamos 442 kits de tratamento precoce a pacientes. Já o número de pacientes hospitalizados no período foi de 49. A partir dos números apresentados, o médico explicou que, dos 442 pacientes que receberam o tratamento precoce, nenhum necessitou de internação hospitalar. E dos 49 pacientes mais graves, nenhum utilizou o kit de tratamento precoce. “A doença pode ser amenizada e abrandada em seus sintomas com o kit de tratamento precoce, conseguimos comprovar isso em Gramado. Já a grande maioria dos pacientes que atingem um quadro mais avançado não procurou assistência médica no começo dos sintomas”, analisou.

Participações

Participaram da videoconferência, transmitida ao vivo pela TV Assembleia com apresentação do jornalista André Machado, superintendente de Comunicação e Cultura da Assembleia, os deputados estaduais Any Ortiz (Cidadania), Airton Lima (PL), Zilá Breitenbach (PSDB), Fábio Branco (MDB), Franciane Bayer (PSB), Issur Koch (PP), Vilmar Zanchin (MDB), Sérgio Turra (PP), Eric Lins (DEM), Gabriel Souza (MDB), Edson Brum (MDB), Sebastião Melo (MDB), Dr. Thiago Duarte (DEM) e Fran Somensi (Republicanos), além dos deputados federais Giovani Cherini (PL), coordenador da bancada federal gaúcha, Marcel van Hattem (Novo) e Pedro Westphalen (PP) e do senador Luís Carlos Heinze (PP).

Fonte: Assessoria Ernani Polo

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