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Notícias

31 de maio de 2021

Médico gaúcho é detido no Egito por assédio a vendedora de loja

Por Correio do Povo

O Ministério do Interior egípcio anunciou na noite deste domingo que localizou e prendeu o médico e influenciador gaúcho Victor Sorrentino, após ele compartilhar vídeos em que faz comentários misóginos contra uma vendedora em uma na cidade de Luxor, no sul do país. Há quatro dias, o profissional, que atende em consultório em Porto Alegre e atua também como palestrante internacional fez comentários em português a uma venda mulher em um bazar  local. "Vocês gostam mesmo é do bem duro, né? Comprido também fica legal, né?”, disse na gravação compartilhada no seu Instagram e depois apagada. Sem entender, a funcionária ri e acena com a cabeça.

"O Ministério do Interior conseguiu prender um estrangeiro após assédio a uma menina, depois de publicar um videoclipe contendo o incidente de assédio em um dos sites de redes sociais da Internet, onde os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e o autor do incidente, e tomar as medidas judiciais contra ela e apresentar ao Ministério Público competente", afirmou o órgão uma publicação nas redes sociais.

Após a gravação gerar revolta nas redes sociais, Sorrentino tornou privado seu perfil de quase um milhão de seguidores no Instagram e divulgou um vídeo pedindo desculpas, ao lado da mulher. Ele disse que costuma fazer esse tipo de “brincadeira” com amigos e familiares. “Como eu vi que tu é uma pessoa risonha e estava brincando junto com a gente, eu acabei brincando”, justificou, afirmando ainda ser uma pessoa "brincalhona".

Mesmo assim, a hashtag #حاسبوا_المتحرش_البرازيلي (responsabilizem o assediador brasileiro, em tradução literal) se popularizou após a iniciativa "Speak Up, um movimento feminista no Egito, compartilhar a história no Twitter.

"Ele se aproveitou pela segunda vez e disse havia contado uma 'piada brasileira’ sobre ela no dia anterior. Claramente, a moça não entendeu a piada no dia anterior, então não saberia nem mesmo por que ele estaria se desculpando. A tentativa do médico de limpar a sua imagem não foi bem sucedida, pois as mulheres brasileiras decidiram fazer com que o acorrido chegasse até às autoridades, para que uma atitude seja tomada. Já que o assédio não é aceito no Brasil, por que poderia ser praticado no Egito? O médico que decidiu se aproveitar da inocência dessa moça e seu pouco entendimento do português ainda se encontra no Egito", disse o coletivo em um post no Facebook.

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