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(Foto: Divulgação)

1 de fevereiro de 2022

Excesso de calor prejudica a produção de mel na região

Por Diário da Manhã

As altas temperaturas são extremamente prejudiciais para a apicultura. Além de reduzir a oferta das floradas, que servem de alimento para as abelhas, com o excesso de calor é necessário redobrar os cuidados com o manejo do mel. Em Carazinho, a safra do mel está em andamento e a expectativa é de que o encerramento aconteça em meados de abril.

Filho de apicultor, Alisson Paulineli da Rosa, trabalha há mais de 15 anos no ramo. Atualmente sua família possui 230 colmeias de abelhas.

Apesar de já ter presenciado outras estiagens, a deste ano é mais severa. “Além da falta de chuva, a temperatura elevada compromete o convívio das abelhas. Na última semana, por volta das 10h da manhã, não encontrávamos abelhas no campo, estavam dentro da colmeia”, salienta o produtor.

A falta de umidade e de chuvas acabam interferindo no nascimento de novas abelhas e das novas crias. “As flores secaram antes mesmo de desabrochar, estamos enfrentando este problema. A falta de umidade e chuva atrapalha nas culturas das flores. Estamos perdendo as flores, as árvores de mata”, coloca.

Segundo o apicultor, o tempo seco favorece a produção, colheita e o manejo do mel. Por outro lado, as altas temperaturas se tornam um empecilho no armazenamento do produto. “Com o excesso de calor precisamos ter cuidados necessários para estocar. O mel precisa ser arejado e estar em um lugar mais fresco, evitando que o estoque esteja em um ambiente quente e que possa perder a qualidade”, salienta.

A expectativa pela safra

O início e término da safra do mel varia de acordo com a mudança climática. O inverno rigoroso e com geadas fortes pode prejudicar as floradas da primavera. “Se o inverno for dentro da normalidade a safra começa em agosto e/ou setembro. Neste ano tivemos a particularidade de começarmos a colher em novembro, em virtude das questões climáticas”, enfatiza Paulineli.

A expectativa dos apicultores por uma safra promissora irá depender das chuvas dos próximos dias. Apesar disso, há relatos de que o prejuízo causado pela estiagem gire em torno de 50% na região e em outras áreas do Estado, a perda pode chegar até 70%. “Precisamos do retorno das chuvas para que as culturas possam florescer e atender a demanda das abelhas”, garante Paulineli.

Para o presidente da União Carazinhense de Apicultores (Ucapi), Valdir Meurer, a estiagem deu uma quebra na produção. “O calor excessivo deu uma queda brusca na produção. A expectativa para a safra é média, estamos passando da metade e ainda temos a oportunidade de colher mais mel”, destaca.

A procura por mel

Além de ser rico em nutrientes, o mel é um dos alimentos naturais mais procurados. Seja no pão, nas bolachas ou em chás, o mel se adapta aos mais diversos tipos de alimentos. “A demanda sempre existe. Se fossemos atender o mercado nacional e exportar, iria faltar mel”, destaca Paulineli.

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