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Notícias

17 de março de 2022

Taxa Selic sobe para 11,75% ao ano, maior patamar desde 2017

Por My News 

Em meio ao conflito no Leste Europeu e à disparada nos preços do petróleo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu nesta quarta-feira (16), por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros da economia em um ponto percentual, elevando de 10,75% para 11,75% ao ano (maior patamar desde abril de 2017).

A elevação já era esperada pelo mercado financeiro, que, em partes, projetava até mesmo um aumento maior. Esse é o nono registro consecutivo de elevação na taxa Selic e representa um ano do atual ciclo de subida dos juros, uma vez que o processo teve início em março do ano passado – em agosto de 2020 aferia-se a mínima histórica da taxa (2,00%), mantida até o início de 2021.

Para a próxima reunião (daqui a 45 dias), o comitê prevê um novo reajuste de um p.p. Como a alta e a sinalização estão de acordo com as previsões, analistas mantêm as estimativas de que a taxa básica encerre 2022 em 12,75% ao ano, maior nível em quase cinco anos.

O Copom justificou o acréscimo com base em fatores externos e internos:

Na esfera internacional, houve uma deterioração “substancial” com a guerra entre Rússia e Ucrânia, levando a “um aperto significativo das condições financeiras e aumento da incerteza em torno do cenário econômico mundial”.

Já no âmbito doméstico, a inflação “seguiu surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos itens associados à inflação subjacente”.

Em nota oficial, o Banco Central afirmou que “diante da volatilidade recente e do impacto sobre as projeções de inflação de sua hipótese usual para o preço do petróleo em dólar, o Comitê decidiu adotar também, neste momento, um cenário alternativo. Nesse cenário, considerado de maior probabilidade, adota-se a premissa na qual o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado até o fim de 2022, terminando o ano em US$100/barril e passando a aumentar dois por cento ao ano a partir de janeiro de 2023. Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 6,3% para 2022 e 3,1% para 2023.”

Mercado de ações

Na atual conjuntura, os ativos de renda fixa são os mais beneficiados, em especial os indexados à taxa básica e ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação.

Uma opção de investimento interessante concentra-se, então, na gama de fundos DI (Fundos de Renda Fixa Referenciados DI), que têm como objetivo acompanhar a taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário), instrumento empregado para realizar empréstimos de curto prazo entre bancos.

Outra classe de ativos que deve apresentar bom desempenho com o aumento dos juros compreende os Certificados de Depósito Bancário (CDB) pós-fixados, que possuem rentabilidade atrelada à taxa de juros ou ao IPCA. Nessa modalidade, o investidor empresta dinheiro para determinado banco que, por sua vez, utiliza os recursos para conceder empréstimos aos seus clientes. Como recompensa, o aplicador recebe parte dos juros cobrados do tomador do crédito.

Por fim, há os títulos públicos. Essa opção possibilita investir nos papéis disponíveis para compra Tesouro Direto, principalmente os vinculados à Selic e à inflação (Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, respectivamente).

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