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18 de março de 2022

Câmara concede título de cidadão honorário a Willibrordus van Lieshout

Por Amélia Freitas

Existem pessoas que doam tanto de si a um lugar que suas raízes ficam tão firmadas ali que não é possível separar as histórias. São pessoas que fazem bem ao local que vivem, e que devolvem à terra o bem que recebem. Há 61 anos chegou a Não-Me-Toque um homem que carrega no peito os ideais de solidariedade, compaixão e trabalho em comunidade e seu nome, Willibrordus van Lieshout, carinhosamente conhecido como Seu Willy, pioneiro da imigração holandesa em Não-Me-Toque, agricultor.

Foi conselheiro da Cotrijal, presidente da Comunidade Católica, da Associação de Pais e Mestres da Escola São José, da Apae, da Acint, do Sicredi Alto Jacuí, do Congresso Apsul América e do Sindicato Holandesa. Na Associação Holandesa de NMT, foi presidente, instrutor de danças e professor de holandês.

Natural de uma pequena cidade na Holanda, veio para o Brasil em 1958. Apenas em 1961 mudou-se para a cidade, e aqui assumiu inúmeros cargos e representações sociais.

Willibrordus recebeu, na noite de 17 de março, no Plenário Dr. Otto Stahl, da Câmara de Vereadores, o Título de Cidadão Honorário de Não-Me-Toque. A proposta vem por intermédio do vereador Charles Moraes (PP).

— Esse Titulo é concedido a pessoas não nascidas em Não-Me-Toque mas que tenham se destacado e contribuído com o município —, explica Charles. — Muito obrigado por tudo que fez pelas entidades, por todas as boas ações que que contribuiu com nosso município. Que este título seja uma lembrança da gratidão desta cidade aos seus feitos —, concluiu.

O prefeito Gilson dos Santos lembrou que a imigração holandesa se confunde com a trajetória do município e que a contribuição do Seu Willy merece um lugar nessa história, especialmente pelas ações em favor da divulgação da Capital Nacional da Agricultura de Precisão. Também o presidente da Câmara, Maiquel Souza, reconheceu a grandeza do homenageado dizendo que suas ações servem de inspiração a todos.

Em seu discurso, Willy agradeceu a homenagem, ressaltou a importância do trabalho em equipe e o senso comunitário.

— É natural quando se mora em um lugar e se está inserido neste lugar, contribuir com a comunidade. Especialmente quando se vai bem profissionalmente, você tem obrigações com a sociedade. Eu sempre senti obrigação de trabalhar também pela comunidade e que nada fez sozinho, mas tudo com a colaboração das pessoas das entidades — relata o homenageado.

E a solidariedade presente em cada detalhe de sua vida, mais uma vez se fez presente. Encerrou seu discurso propondo a todos que façam ações sociais:

— Formar um grupo de caminhoneiros e, uma vez por ano, realizar um passeio e convidar para cada caminhão um aluno da Apae, eu vi isso pessoalmente vocês têm que ver a alegria desses alunos. Também, fazer a mesma coisa com nossos carros, pegar os moradores do lar do idoso e levar para um passeio. São ações simples que têm grande efeito humano.

Esta preocupação com o bem-estar social, trabalho pela sociedade são apenas algumas das características de alguém que merece ser chamado de Cidadão Não-me-toquense.

Van Lieshout ainda ressaltou o trabalho voluntário nas diretorias dos escoteiros, associações culturais, Lar do Idoso, Bombeiros Voluntários, clubes de futebol, diretorias de comunidades e demais entidades que deixam a comunidade viva. Finalizou reconhecendo o apoio da esposa Dona Betsie, que sempre esteve ao seu lado.

A solenidade foi prestigiada por familiares, amigos e pioneiros da imigração holandesa em Não-Me-Toque.

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