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Neiva, Sabrina e Joice escolheram a enfermagem como forma de cuidar e proteger quem necessita e estão realizadas com a profissão

20 de maio de 2022

Enfermagem: exercício do amor incondicional

Ela nunca foi tão falada como na pandemia, mas essa valorização através de palavras não perdurou com o relaxamento de medidas. A categoria ainda espera a votação de um piso salarial. É claro que estamos falando da enfermagem. Para contar mais sobre essa profissão exercida por pessoas batalhadoras convidamos as técnicas Neiva Batista e Joice Mara Dienfentheler e a enfermeira Sabrina Rodrigues da Silva, todas profissionais que atuam no Centro de Especialidades e Diagnóstico Julia Billiart.

Para elas, duas palavras definem a profissão: Amor Incondicional.

—É uma forma através da qual temos o objetivo e a possibilidade de se dedicar a cuidar, promover, a saúde das pessoas, incondicionalmente. Sem você conhecê-las e mesmo assim fazer o melhor para elas—, descreve Neiva.

E esse desejo de ver o bem-estar do outro foi um dos fatores que motivaram a escolha da profissão. Sempre amparadas pela família e exemplo de pessoas que iniciaram na carreira antes delas. Hoje, como testemunha Sabrina, não conseguem se imaginar fazendo outra coisa na vida.

Mas nessa história teve muitos momentos de tensão. No início da pandemia as informações sobre a doença eram escassas. Redes sociais inundadas das mais variadas teorias e em meio a esse caos elas precisam ter coragem, vestir o jaleco e colocar máscara para cuidar dos pacientes.

—Aquela pessoa que tinha Covid então era isolada, as pessoas não chegavam perto. E nós passamos por isso também por trabalhar na ala, saímos no corredor e as pessoas fugiam da gente, como se a gente fosse infecciosa. Passamos um período muito frustrante, e fazíamos o possível para o paciente se sentir melhor.

O medo de transmitir para amigos e familiares, de contrair e adoecer era constante.

—Éramos excluídos no trabalho e lá fora. Não nos sentíamos seguros de sair na rua. Porque era essa a impressão que tínhamos, que as pessoas achavam que estávamos contaminados—, relembra Sabrina.

Neiva conta que a tensão na família era grande, a insegurança que os pais tinham em ver os filhos cuidando de positivados era imensa. Muitas vezes, solicitavam a elas que não fossem trabalhar, para se preservarem.

Essa insegurança distribuída em toda parte, o medo de se tornar um disseminador do vírus se contrapunha com um outro fator presente sempre na profissão e intensificada na pandemia: lidar com as fragilidades dos pacientes e uma palavra define isso para as três a empatia.

—Conhecer e reconhecer cada um que chega na unidade de atendimento é essencial. Cada pessoa merece ser tratada, atendida. Proporcionar conforto. Saber ouvir o que o paciente traz. Ser claro ao se comunicar e ter empatia pela dor dele.

Saber valorizar a dor do outro faz toda a diferença, independente da situação, tentar compreender, fazer a pessoa se sentir acolhida é essencial. Isso é exercido por esses profissionais que escolheram vestir o jaleco da enfermagem por amor.

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