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A Casa da Cultura sifreu desgastes estruturais e não oferece segurança

21 de maio de 2022

Administração planeja recuperar Casa da Cultura Otto Stahl

Quantas histórias estão guardadas nas paredes de madeira de uma casa datada de 1929? Quantas lembranças intrínsecas nas linhas e contornos de uma arquitetura germânica? Esse foi o lar de uma das pessoas mais influentes da história local, defendeu os interesses da cidade na Câmara de Carazinho, participou do processo emancipatório de Não-Me-Toque, fundador do Clube União e dos hospitais. Não apenas uma rua leva seu nome, estamos falando do Dr. Otto Stahl.

Sua residência tornou-se a Casa de Cultura, aonde muitos artefatos que contam a história da cidade para que todas as gerações possam conhecer. Mas para isso é necessário que haja preservação.

A história se desfazendo

Fechada desde 2018 a Casa da Cultura encontra-se em péssimas condições, com a estrutura de madeira afetada, escada deteriorada, presença de cupins, infiltração de água da chuva. Segundo o prefeito Gilson dos Santos, no momento ela não oferece segurança nem para quem trabalha nem para visitação.

Mas a restauração do local enfrenta algumas barreiras. A Casa foi tombada como patrimônio histórico, artístico e cultural do município em 27 de dezembro de 2006, na gestão do prefeito Armando Carlos Roos.

Esse fator faz com que obras no local obedeçam a uma série de regras. Não se pode alterar características originais, segundo o site do “Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional” (Iphan) as reformas precisam ser comunicadas.

—Toda e qualquer obra, no entanto, deverá ser previamente aprovada pelo órgão que efetuou o tombamento. A aprovação depende do nível de preservação do bem e está sempre vinculada à necessidade de serem mantidas as características que justificaram o tombamento.

Proteger o acervo como forma de manter a história

Para tentar preservar a história, o acervo dentro da casa o a administração se organiza para montar um projeto de restauração.

O prefeito Gilson explicou que um projeto de restauração está sendo preparado

—O que nós montamos agora uma equipe, porque na verdade a casa da cultura é um dos objetos que contam nossa história, talvez o que mais apareça, mas dentro da casa da cultura realmente está nosso acervo. Então nós montamos uma equipe liderada pela Liselote Batistela que é voluntaria, vamos fazer a restauração, catalogar todos esses itens, embalar eles de uma forma adequada, separar por ordem cronológica na nossa história, o que fala da imigração, da parte religiosa, do nome de Não-Me-Toque, enfim, para poder fazer algumas amostras—, explica o prefeito.

O projeto ainda não possui uma data definida para ter início. Algumas visitas foram feitas no local para averiguação.

As restaurações sejam na estrutura da Casa ou nas obras precisam serem feitas por empresas ou pessoas especialista na área. Isso encarece o custo da ação. Uma forma de angariar esses valores, segundo o prefeito, é através de valores provenientes da Lei de Incentivo a cultura (LIC).

A Casa

A Casa da Cultura, que pertence a Congregação das Irmãs de Notre Dame, guarda um acervo rico, repleto de itens doados por moradores que remetem a história local.

Entre os itens estão roupas, iconografia, objetos de uso pessoal, decoração, instrumentos musicais, equipamentos de trabalho, máquinas, livros, jornais, fotos entre tantos outros artefatos que além de repletos de memória carregam consigo a história da pequena cidade do interior que se tornou a Capital Nacional da Agricultura de Precisão, ganhando o reconhecimento regional.

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