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Notícias

28 de maio de 2022

A mulher do amanhã

Vivemos em uma época onde muito se fala sobre empoderamento, feminismo, sororidade, entre outros. E realmente enxergamos o avanço das mulheres na sociedade como um todo. Temos mulheres nos mais diversos cargos políticos, gerência de empresas, cargos de alta complexidade e em praticamente todos os setores da sociedade. Mas da mesma forma, ouvimos muitas mulheres falando sobre culpa, sobre ansiedade, sobre uma vida sobrecarregada. Ao mesmo tempo  estas conquistam mais espaço, não podem mais conviver com termos que sugerem que elas sejam imparáveis, incansáveis e sobrehumanas.

Milhares de anos se passaram. Milhares de partos aconteceram. Sempre estivemos na sociedade e muitas vezes fomos silenciadas, incompreendidas e diminuídas. Foram muitos os episódios históricos que mostraram as represálias sofridas e as lutas travadas. Quando pensamos no papel da mulher na sociedade, logo nos vem a mente a palavra “mãe”. Sim. Por que desde os primórdios da humanidade descobrimos a maturidade com uma criança nos braços. Mas, as mulheres que se encerravam nas cavernas enquanto os homens iam à caça vêm buscando há décadas a luz de um novo tempo. Um tempo em que possam ser realmente aceitas e respeitadas como são.

As mulheres, estas mesmas que carregaram cada ser humano que já habitou este planeta no ventre, (estas mesmas) foram as que tiveram a sua natureza instintiva domesticada a todo custo no passar dos anos. Na Idade Média, toda e qualquer mulher que se sobressaísse em suas capacidades era taxada de bruxa e muitas vezes queimada em uma fogueira, na revolução industrial elas ingressavam no mercado de trabalho em regime de escravidão, elas assistiram o mundo dizer que não podiam dirigir, votar e nem sequer estudar.

O tempo passou, mas ainda podemos perceber as cicatrizes do medo presentes no âmago de cada uma de nós. Por sorte estamos correndo, mesmo com medo. Por sorte, estamos buscando a escritura do próprio nariz. Enfrentamos diversos tipos de preconceitos e mentalmente estamos convivendo com a culpa, a ansiedade e a depressão.

Fomos ganhando espaço através da nossa capacidade e estamos tendo que conviver com termos que nos classificam como super-heroínas, capazes de dar conta de tudo e de todos.

Calma aí. Nós cansamos sim. Paramos e vamos parar quando quisermos, vamos optar por novas profissões e novos estilos de vida se considerarmos necessário e podemos inclusive optar por não ter filhos ou um marido. Nossa capacidade não tem limites, mas parece que tudo tem que ser uma batalha, talvez por que nossa genética, assim como a sociedade nos definiu desde o início dos tempos como -domesticáveis-, e ao sairmos do trilho, há sempre aquela voz que grita silenciosa: Queimem-na, ela é bruxa!

Pois eu vos digo: Somos as criadoras da vida e todo o universo nos deve respeito. Somos muitas e hoje estamos em todos os lugares. Podemos optar por ser a melhor mãe ou a melhor executiva, ou as duas. Podemos estar dentro ou fora de casa. Podemos estar onde quisermos estar. Possuímos a sensibilidade que muda tudo, que constrói e que promove valor do simples ao monumental. Nós já somos as mulheres do amanhã, por que partimos do sonho de muitas que vieram antes de nós dando a luz ao mundo que vivemos hoje. E seremos com certeza, as mulheres do ontem, estas que estão abrindo caminho para as futuras gerações surgirão.

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