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Notícias

19 de junho de 2022

Chefes dos escoteiros recebem insígnias de madeira

Os instrutores do grupo de escoteiros Guardiões da Nascente, Isaias Heep e João Manoel Soares, receberam no sábado (11) a honraria Insígnias de Madeira, que carrega o peso de uma história iniciada muitos anos atrás, como conta o chefe Isaias Heep, que no dia 12 de julho completa 26 anos no escotismo. O Chefe João possui uma vida escoteira ainda maior pois foi escoteiro e sênior antes de ingressar na chefia.

As Insígnias de Madeira foram entregues durante solenidade diante da tropa do Guardiões da Nascente.

Está insígnia tem um significado histórico e representa o Grau de instrução que todo Escotista deve buscar.  Sua origem está ligada à vivência do fundador do movimento escotista, Baden-Powell.

Com o crescimento e desenvolvimento do Movimento Escoteiro, Baden-Powell viu a necessidade de organizar a formação dos chefes escoteiros de uma maneira mais metódica. Com isso, por volta de 1909, começaram a acontecer em Londres, os primeiros cursos de formação escoteira. Interrompidos com o advento da Primeira Guerra Mundial, em 1914.

Logo após o fim da guerra, em 1918, o Movimento Escoteiro crescia e se desenvolvia em ritmo acelerado. O ano de 1919 foi marcado pela aquisição de uma área para a realização dos cursos e Baden-Powell buscou algo significativo para distinguir os seus participantes. Então, achou entre os seus troféus militares aquilo que precisava para criar a “Insígnia de Madeira” (Wood Badge). Primeiro ele pegou um cordão de couro, que, conforme consta no livro “The Wolf That Never Sleeps”, foi presente de um antigo chefe guerreiro zulu, de alta casta, que Baden-Powell recebeu durante o Cerco de Mafeking. Segundo o costume da tribo o cordão atrairia boa sorte ao seu portador. Além do cordão de couro, a Insígnia de Madeira seria formada também por duas contas retiradas de outro dos troféus militares de Baden-Powell, o famoso Colar de Dinizulu kaCetshwayo, um chefe guerreiro e filho de Cetshwayo o último rei da nação Zulu, reconhecido com tal pelo Império Britânico.

Juntamente com a Insígnia de Madeira os participantes recebiam também o lenço correspondente ao 1º Grupo Escoteiro de Gilwell Park, indicando que a partir daquele momento eles passariam também a fazer parte daquela fraternidade especificamente.

Em homenagem e reconhecimento àquele que possibilitou a criação de Gilwell Park, o “Lenço de Gilwell”, traz como símbolo o tartan da família Maclarem que é um padrão de estampa utilizado no “kilt”, a tradicional vestimenta das famílias escocesas.

Outro símbolo da formação escoteira é o Anel de Giwell (Gilwell Woogle), que é um nó “cabeça de turco” (turk’s head”), com duas voltas, feito com um fio de couro, e que é utilizado para prender o lenço escoteiro do chefe aprovado no Curso Intermediário.

Mas muito mais importante do que o objeto em si, que é apenas um símbolo, é o que ele representa, ou seja, a qualidade da formação do seu portador, bem como a busca constante pelo aprimoramento por parte do escotista.

Quais requisitos para receber a Insígnia de Madeira?

O adulto quando ingressa no Movimento Escoteiro (ME) passa por ciclo formal de formação começando com palestra informativa para conhecer todo o escotismo (Método, Princípios, Regras, Estrutura...), após isto está apto a realizar os cursos Preliminar, Intermediário e o Avançado. Em todas estas fases o adulto é amparado, supervisionado e avaliado por um Assessor Pessoal de Formação.

Toda esta progressão é individualizada, o adulto em comum acordo com seu assessor desenvolve o seu plano de Progressão de acordo com as suas habilidades e disponibilidades, bem como eventuais cursos adicionais em áreas específicas que ambos de comum acordo diagnosticarem serem importantes para o desenvolvimento do adulto para o trabalho para com o Jovem. Afinal este é a razão do escotismo, já que é um Movimento do e para o Jovem, com a participação do adulto para lhe prestar auxílio.  Após o adulto passar por tudo ele está apto a receber a sua Insígnia.

Quais os principais fundamentos do escotismo

Uma das coisas mais importantes do Escotismo é que a progressão do jovem é individualizada, totalmente pessoal. Trabalhamos com desenvolvimento social, de caráter, intelectual, físico, espiritualidade. Incentivamos a busca por conquistas em áreas de interesse pessoal como ciência e tecnologia, esportes, habilidades escoteiras...

Isaías Heep, como Chefe Escoteiro, costuma dizer aos jovens escoteiros, exercendo a função de auxilia-los a serem indivíduos melhores junto a sociedade:

—Espero que vocês saiam um pouco melhores do que quando entraram aqui em nossa sede. Não melhor comparando-se aos outros, mas a cada dia melhores comparados a si mesmo.

Quais os principais Nós Escoteiros e seus significados?

Os nós tanto do arganel que prende o lenço quanto o na correia que prende a Insígnia de Madeira, tem seu significado histórico e simbólico. Mas são nós decorativos.

Quanto a nós de serviço, tudo é individualizado. Faz parte da história e da progressão conhecer vários nós e suas utilidades. Um nó para salvamento é importante conhecer? Claro, mas é um nó muito mais importante para um Escoteiro da modalidade do Mar saber fazer ele do que para um jovem cujo maior interesse é a assistência social. Há escoteiros que criam verdadeiras obras de arte com nós e amarras, outros preferem estudar constelações e outros estudam formas de reduzir o impacto do lixo no meio ambiente. Esta é a beleza do Escotismo, a diversidade que nos une.

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