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Foto: Divulgação

20 de junho de 2022

Golpes de empréstimos não solicitados atingem principalmente idosos

Os golpes de empréstimos não solicitados têm aumentado e as vítimas de fraudes financeiras têm buscado cada vez mais a Defensoria Pública Geral do Ceará (DPCE) para tentar resolver o problema.

Nas situações, os clientes de bancos e instituições financeiras têm empréstimos consignados não autorizados, realizados em seu nome e só conseguem descobrir a fraude quando as parcelas começam a ser descontadas.

Esse tipo de ação criminosa atinge principalmente os idosos, que se tornam vítimas quando, na maioria das vezes, passam suas informações para falsos atendentes, sem perceber que trata-se de uma fraude.

Como os golpes de empréstimos não solicitados podem ocorrer

Para alertar como os golpes costumam ocorrer, a supervisora do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública, Amélia Rocha, explicou para o site da DPCE, as situações que mais têm se tornado recorrentes.

Amélia exemplificou que muitos casos envolvem consumidores que são surpreendidos com um débito no contracheque por um produto que não foi solicitado por eles e, quando veem, o dinheiro já teria supostamente sido recebido, mas nada entra na conta.

A supervisora ainda aponta uma outra situação, que é quando o dinheiro entra na conta do cidadão e sai para um Pix de uma pessoa que ele não conhece. Além disso, há casos em que o golpe ocorre por telefone.

“Uma pessoa que está devendo um financiamento bancário recebe um telefonema, supostamente de um advogado da financeira, informando o número de um processo de busca e apreensão, com todos os dados daquela pessoa. Então, a vítima se desespera e busca quitar o pagamento. Só que eram terceiros fraudados, inclusive utilizando o número de um escritório que normalmente atua nessas áreas”, indicou Amélia.

Golpes de empréstimos não solicitados atingem principalmente idosos

Os golpes de empréstimos não solicitados atingem principalmente idosos, mas outros públicos podem passar por situações iguais ou parecidas. Luciana Cordeira, supervisora das Defensorias Cíveis, explica que muitos consumidores só se dão conta do que aconteceu e passam a investigar quando um filho ou neto vai tirar o extrato e observa um desconto maior.

“São aposentados, idosos e com pouca instrução. E, geralmente, esses idosos já possuem empréstimos em outras instituições bancárias. Então, os estelionatários fazem novos empréstimos. Alguns empréstimos são originários. Outros empréstimos podem ser refinanciamentos do que já existem. Nossos assistidos, sobretudo os idosos, não reconhecem e dizem que não fizeram. Por vezes, essa repactuação tem uma condição muito pior do que o contrato originário”, explicou Luciana.

Como possui poder de requisição, a Defensoria pode requisitar informações às instituições financeiras sobre a maneira que foi realizado o contrato. Caso a resposta não chegue em até 30 dias, a suspensão da cobrança é solicitada judicialmente.

Idoso explica como foi vítima de golpe

José Augusto, de 60 anos de idade, foi mais uma das vítimas dos golpes aplicados por criminosos. De acordo com informações do site da Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará, o homem tinha um automóvel com financiamento em banco e, devido a algumas parcelas estarem atrasadas, começou a receber cobranças de um escritório de advocacia.

No entanto, logo no começo de abril deste ano, outro escritório, que também presta serviços para o banco financiador do veículo, passou a enviar mais cobranças para Augusto. O escritório até mesmo ofereceu uma proposta para quitação total da dívida do automóvel com desconto sobre o saldo devedor. Um tempo depois, o idoso descobriu que tinha sofrido um golpe.

“Emitiram um boleto bancário para pagamento no valor de R$ 7.338, o qual realizei o devido pagamento numa agência do Banco do Brasil. Dois dias após fazer o pagamento, recebi uma ligação de cobrança do primeiro escritório que entrou em contato comigo. Eles estavam me cobrando o débito em aberto.  Ao informar e passar os dados do pagamento do referido boleto, fui informado que tinha caído no golpe do boleto falso. Me avisaram que eu precisaria buscar todos os meus direitos na justiça e que o débito com o banco continuaria em aberto”, relatou o idoso.

Por sorte, José Augusto pode contar com a ajuda da Defensoria Pública do Estado do Ceará para conseguir assistência jurídica e receber o atendimento adequado. No entanto, apesar de poder buscar pelo apoio do órgão, o idoso contou que o episódio deixou marcas em sua vida.

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Por R7

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