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Notícias

9 de julho de 2022

Tecnologia, internet e um mundo interconectado

Estamos vivendo a “Era da informação” e a globalização se estabeleceu definitivamente com o alcance da internet e o avanço dos aparelhos tecnológicos. Estamos vivendo em um planeta patologicamente conectado, onde a vida real, por vezes, está ficando comprometida.

Há 20 anos atrás descobríamos a internet com alegria e curiosidade, ela chegou de fininho informatizando sistemas, ampliando a comunicação e tornando mais interessantes as formas de diversão. Não imaginávamos a velocidade com que tudo se tornaria dependente da “rede”, inlcusive nós. Quando olhamos ao nosso redor, percebemos o quanto já estamos dependentes. A internet surgiu para facilitar o dia a dia, mas sem dúvida, não estávamos mentalmente preparados para tanta novidade. Por que como diz o ditado: O remédio em dose errada pode ser veneno.

Não há como negar, somos a geração teste, estamos servindo de cobaia do avanço tecnológico mais severo de todos os tempos. E seduzidos pela tecnologia, podemos nos tornar insasiáveis. Informação e desinformação, inúmeras possiblidades, acesso ilimitado, novidades que não param de surgir. É desta forma que acabamos nos aproximando do materialismo que nos consome e refinando nossa forma de autosabotarmos nos nossos objetivos.

Se pensarmos nos sete pecados capitais, vamos perceber que a conduta que desenvolvemos com a tecnologia e a internet acabam os tornando cada vez mais difíceis de se combater.  Soberba e inveja nas redes sociais em um mundo construído na aparência e ostentação; A ganância presente nas cyber fraudes, nos inúmeros anúncios de vendas dos que querem enriquecer a todo custo; A Ira dos discursos de ódio, os haters que se escondem por trás de falsos perfis para disseminar a intolerância; a luxúria caracterizada pelas estatísticas que mostram o aumento constante do acesso à conteúdo pornográfico; a gula e a preguiça alimentadas pelos aplicativos de delivery e a facilidade de pagamento que nesses casos faz com que fique muito mais acessível a rotina do descontrole.

Pesquisas científicas já apontam transtornos de fobia por ausência de smarthphone, problemas com insônia, ansiedade e depressão relacionados à internet. Nós precisamos compreender que como geração teste do avanço desenfreado da tecnologia iremos sofrer as consequências de alguma forma. Vamos fazer parte de estatísticas que no futuro mostrarão o impacto sofrido pela humanidade com a nova forma de se viver. Para que não sejamos arrastados por todos estes sintomas dos que ainda são imaturos internautas, precisamos aprender que nem toda facilidade realmente torna a vida melhor. É saudável sair e fazer um pagamento presencialmente, ou ter uma boa conversa com um amigo for a das redes sociais. Viver é muito mais sentir, experimentar e fracassar diversas vezes do que se conectar virtualmente e se proteger através de uma tela.

Devemos buscar o equilíbrio sempre para que não sejamos consumidos pelo que julgamos facilitar a nossa vida. Sermos cobaias da era da informação nos trás a responsabilidade maior de aprendermos com os nossos erros, de enxergarmos que as vezes é melhor desligar o Wi Fi e viver a própria vida e de nos negarmos à integrar as estatísticas dos que sucumbiram com o excesso. Sabemos o que nos cura e o que nos mata, precisamos apenas encontrar a dose exata.

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