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Arquivo Pessoal | Amélia Freitas

11 de julho de 2022

Impacto do La Niña na safra

Os fatores climáticos incidem diretamente na agricultura. O Canal Rural, especialista no setor agrícola, conversou com uma meteorologista Nadiara Pereira sobre o impacto do La Niña no agro.

Na safra anterior o mesmo fenômeno foi responsável pelo atraso das chuvas.

Está se configurando uma condição parecida com a do ano passado. Não devemos ter um atraso tão grande no retorno da chuva sobre o interior do Brasil, mas com mais impactos no Sul, porque estamos passando por uma fase de enfraquecimento da La Niña. A primavera deve ter início com uma fase um pouco mais fraca, mas com ela se intensificando ao longo da estação. Por isso, não há expectativa para um atraso tão significativo para retorno das coisas. A gente deve ter regularidades no Sudeste e no Centro-Oeste, com os primeiros episódios sendo esperados já para setembro

O Sul, porém, tende a sentir mais impactos. E aí, sim, deve ser uma condição mais clássica do La Niña, apesar de termos tido o outono mais úmido do que o normal. Daqui para frente, espera-se uma condição mais seca e chuvas mais irregulares. Em grande parte da região Sul abaixo da média [de chuvas], principalmente na primavera e no início do próximo verão. Por outro lado: chuvas mais expressivas na metade Norte do Brasil, podendo ter um impacto oposto, muita umidade e, em alguns momentos, riscos para invernada.

A pesar do outono bastante úmido, agora a gente começa a ter uma estação de inverno e um início da primavera mais seco do que o normal. Com isso, devemos ter uma finalização dos cultivos de inverno com o tempo seco ganhando força, o que está favorecendo a semeadura, o desenvolvimento do trigo. Há, no entanto, risco de ondas de frio mais intensas, com a possibilidade de registros de frio tardio. Para julho, não se tem observado nenhuma onda de frio muito intensa avançando pelo interior do Brasil, com o frio ficando mais restrito ao Rio Grande do Sul, mas agosto promete ainda ter intensas ondas de frio, principalmente no Sul do país, com episódios de geada

Eventualmente, alguma onda de frio avança pelo interior, trazendo extremos de frio. Normalmente, em La Niña, as ondas de frio passam mais costeiras, as altas pressões não avançam de forma continental, mas em fases de enfraquecimento [desse fenômeno], como está acontecendo agora, é a combinação perfeita, de atmosfera mais fria. Assim, podemos ter mais episódios de frio intenso sobre o Centro/Sul do país, especialmente em agosto— relata Nadiara

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