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Notícias

3 de setembro de 2022

A genética por trás do romance

A etologia é a especialidade da biologia que estuda o comportamento animal. A influência da Teoria da Evolução, de Charles Darwin, tem como objeto de estudo a evolução do comportamento por meio do processo de seleção natural.

Estudos realizados na Universidade de Harvard nos EUA mostram que muitos traços do comportamento humano não podem ser explicados racionalmente. Estamos constantemente na luta pela perpetuação dos nossos genes e em busca de gerar descendentes mais fortes. Pois como sabemos, o mundo é dos melhores adaptados, e os que melhor se adaptam têm sempre as suas estratégias.

Como explicado por Darwin na Teoria da Seleção Natural, tornar-se o melhor adaptado é importante para garantir a perpetuação da espécie. Mas o que nós estamos fazendo instintivamente que comprova essa teoria? A verdade é que, a espécie humana, assim como os outros animais que evoluem através da reprodução sexuada, procura parceiros para produzir descendentes mais fortes geneticamente. Muito do comportamento classificado socialmente como romântico ou em contraponto reprovável, é apenas estratégia de evolução.

Através dos feromônios conseguimos contar muito sobre a nossa carga genética. Ou seja, mulheres e homens carregam em seu “cheiro” a sua identidade. Contam ao sexo oposto a que doenças e parasitas possuem resistência, quais seus genes predominantes e quais as suas compatibilidades. A partir disso pode-se concluir que a chamada “química” entre parceiros é de fato, biologicamente muito poderosa, sendo capaz de garantir o sucesso da espécie humana. Ao reproduzir com o parceiro mais atraente muito provavelmente a prole terá mais saúde e resistência que progenitores. A partir dessa constatação, percebemos o quanto seriam impróprias as uniões por interesse ou os casamentos arranjados como acontecia antigamente.

Além do feromônio, características físicas também são códigos para revelar força genética. No exemplo dos homens: ombros largos, barba fechada, queixo quadrado, entre outros. Os traços mais masculinizados têm relação com dominância, força, capacidade de ganhar uma luta por um território. Mas em contraponto, rostos e mãos mais delicadas em homens passam a informação de um homem que terá uma melhor relação de cuidado parental com os filhos.

Comportamentos estudados na Universidade de Harvard ainda apontam que, comumente, mulheres optam por parceiros com traços mais femininos e poder aquisitivo para construírem um relacionamento estável, mas inconscientemente engravidam de homens com características mais masculinas. O que justificaria casos de relacionamentos extraconjugais.

Nossa capacidade de raciocinar não anula nossa existência como animais. Mamíferos têm instinto poligâmico, ou seja, têm tendência a ter mais parceiros sexuais. O comportamento monogâmico é característico das aves, que escolhem um parceiro para viverem toda a sua existência. Mas para que a conformação da sociedade pudesse ficar civilizada, certos padrões tiverem que ser impostos à nossa espécie. Dessa forma podemos compreender muito do que acontece na nossa sociedade sem tanto julgamento ou romantismo.

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