Notícias
15 de setembro de 2022
Alerta da Defesa Civil incentiva vacinação contra a pólio
Um alerta da Defesa Civil foi enviado nesta quarta-feira (14/9) à população do Rio Grande do Sul incentivando que as crianças sejam vacinadas contra a poliomielite.
“Defesa Civil: RS alerta contra pólio: vacine crianças menores de 5 anos até 30/9 e combata o risco de retorno da paralisia infantil. Cuide das nossas crianças!”, diz o texto, enviado por SMS aos 800 mil usuários cadastrados no serviço 40199.
Os alertas enviados geralmente tratam de eventos climáticos com risco para a população, mas, desde a pandemia de covid-19, a Defesa Civil apoia a Secretaria da Saúde (SES) em campanhas de saúde pública. É o caso da ação contra a poliomielite. O Estado pretende atingir a meta da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite 2022 de imunizar 95% das crianças de um ano a quatro anos, 11 meses e 29 dias.
—O alerta que emitimos hoje foi uma solicitação da Secretaria da Saúde. É importante a vacinação e participamos desta campanha para que as crianças se vacinem de maneira abrangente—, disse o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Júlio César Rocha Lopes.
Até quarta-feira (14/9), foram aplicadas 281.611 doses da vacina contra a pólio no Estado, alcançando 50,85% das crianças.
Não-Me-Toque prorroga campanha
A Secretaria Municipal de Saúde de Não-Me-Toque informa que a campanha de multivacinação de crianças e adolescentes de até 15 anos incompletos foi prorrogada até o dia 30 de setembro.
O objetivo da campanha é o de atualizar as cadernetas de vacinação do público não vacinado ou com esquema incompleto de doses.
Até o final do mês também ocorre a campanha de vacinação contra a poliomielite dirigida a crianças entre um ano e cinco anos incompletos.
A vacinação é realizada no Posto Central, das 07h30min às 11h30min e das 13h às 17h.
Visando atingir uma maior cobertura vacinal, nos dias 29 e 30 de setembro a Secretaria de Saúde vai realizar um horário estendido para a aplicação das vacinas até as 19 horas junto ao Posto Central.
Mais informações pelo telefone da Sala de Vacinas: 054 – 98432-8596
Queda nas coberturas
Índices de vacinação abaixo das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde aumentam os riscos para doenças imunopreveníveis, como coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus e hepatites A e B, entre outras.
Considerando o calendário básico de vacinação infantil, nos últimos cinco anos, as metas não foram atingidas. Os dados de 2021, considerados ainda parciais, indicam que o Rio Grande do Sul ficará abaixo dos índices projetados.
Nos últimos anos, no Rio Grande do Sul, a vacinação contra a poliomielite não alcançou a meta de 95% de cobertura. A análise da série histórica das coberturas vacinais de 2017 a 2020 tem variado entre 75% e 86%.
A doença
Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (por meio do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas), podendo atacar o sistema nervoso e provocar paralisia flácida aguda, principalmente em membros inferiores.
Esquema do calendário básico infantil
- Vacina poliomielite 1,2,3 inativada (VIP)
Dose: 0,5 mL via intramuscular
Esquema: três doses (aos 2, 4 e 6 meses)
- Vacina Poliomielite 1, 3 atenuada (VOP – gotinha)
Dose: duas gotas, por via oral
Esquema: reforço aplicado aos 15 meses de idade e aos 4 anos
Situação crítica de risco
Uma análise da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) identificou que o Brasil, em 2021, foi um dos países do continente americano com alto risco de reintrodução do vírus da poliomielite, ao lado de outros cinco (Argentina, Bolívia, Equador, Panamá e Paraguai). Quatro apresentam situação de risco muito alto: Haiti, Peru, República Dominicana e Venezuela.
No Rio Grande do Sul, a análise demonstrou um cenário preocupante, em que 42% dos municípios gaúchos encontram-se em risco muito alto e 32% em risco alto. Ou seja, em 367 municípios do Estado (74%) há um grande risco de retornarem os casos de pólio.
Para a análise de risco, considera-se cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e alguns determinantes de saúde como acesso a água potável e rede de esgoto. Com isso, reforça-se a necessidade de manter ações permanentes e efetivas de vigilância da doença e níveis adequados de proteção imunológica da população.
Texto: Ascom SES
Edição: Secom