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Notícias

22 de outubro de 2022

Síndrome do coelho de Alice

Assim como na última crônica, falaremos novamente de uma analogia existente no livro “Alice no país das maravilhas”, estória inglesa que se popularizou ao redor do mundo.

Alice, sendo o personagem principal do livro, está a todo momento frente à frente com questões existenciais importantíssimas transformadas, em fábulas ou diálogos instigantes. Devemos lembrar que tudo começa a se desenrolar na estória com um momento crítico na vida da menina, que a faz se desconectar das imposições sociais da época e da realidade supostamente inquestionável. O primeiro personagem mágico que aparece na trama é um coelho com um enorme relógio pendurado no pescoço, correndo e dizendo insistentemente que está atrasado.

Um coelho atrasado e uma menina perseguindo este ser fantástico por curiosidade. “Atrasado para quê?”, pergunta ela.

Essa é uma característica de quase todos os seres humanos nos dias de hoje: A eterna luta contra o relógio. Todos nós vivemos acreditando que deveríamos fazer mais, ou nos sobrecarregamos tanto que desenvolvemos ao longo do tempo ansiedade, irritação e a sensação clássica de que o tempo está passando depressa demais. É por causa desse “sentimento” que Alice decide quebrar as barreiras da lógica e acessar o subconsciente, ou seja: O País das Maravilhas.

“Atrasados para quê?” O tempo é algo que nos torna idênticos. Todos nós possuímos um dia com 24 horas e todos nós temos atribuições que não devem sobrepor às horas de lazer e muito menos o nosso período de descanso. Porém, sabemos que não é assim que vem acontecendo.  Quando o ser humano tenta transpor a sua capacidade física e mental e não busca o equilíbrio acaba se tornando o seu próprio inimigo.

Viver com pressa nos impossibilita de enxergar a beleza que existe no momento presente. Viver com pressa impossibilita o autocuidado, que nada mais é do que a capacidade que temos de trazer saúde a mente e ao organismo. A “Síndrome do Coelho da Alice” é a causa da maior parte dos nossos problemas.

O coelho na verdade é um distúrbio que Alice encontra nela mesma e ela traz esse distúrbio à luz da consciência quando percebe que a sociedade determinou que já está passando o tempo de Alice se casar. Ela se dá conta de que acabamos introjetando imposições sociais a todo momento e estamos fazendo isso cegamente. Seguimos o fluxo daquilo que acreditamos ser o roteiro básico da vida e é nesse ponto que perdemos a capacidade de raciocinar com a própria mente e a capacidade de sermos realmente felizes.

“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.”

Finalizamos com este trecho de outro livro chamado Sonhei que tive uma entrevista com Deus, de Jim Brown, que elucida de forma objetiva a mensagem escondida na cena de Alice no País das Maravilhas: Não seja um refém do tempo.

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