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Imagem feita nos protestos em 9 de novembro| Foto: EFE/ Joédson Alves

18 de novembro de 2022

Caminhoneiros voltam a fechar rodovias reagindo à ordem do ministro Alexandre de Moraes

Imagem feita nos protestos em 9 de novembro| Foto: EFE/ Joédson Alves

As rodovias federais registravam quatro pontos com bloqueios e 13 com interdições parciais na tarde desta sexta-feira (18). O levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostrava que havia estradas com interrupções totais do fluxo em Porto Velho (RO), Presidente Médici (RO), Caruaru (PE) e Lucas do Rio Verde (MT), por volta das 15 horas.

Seis interdições totais chegaram a ser contabilizadas no início da manhã, depois caiu para apenas uma e o número de atos voltou a subir no período da tarde, de acordo com o balanço da PRF.

As interdições voltaram a ser verificadas nas estradas um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o bloqueio bancário imediato de 43 empresas e empresários, a maior parte de Mato Grosso, que seguiram em um comboio de caminhões para se manifestar contra o resultado das eleições presidenciais em Brasília, no dia 15 de novembro. Foram acionados a partir das placas dos caminhões.

O caminhoneiro Claudinei Habacuque, em entrevista no programa Pânico da Jovem Pan, na tarde de hoje, representando a classe, disse que a paralisação é uma reação à medida punitiva do ministro a estas empresas que são transportadoras.

—Como que o cara vai trabalhar com o dinheiro bloqueado nas contas? Nosso ser supremo bloqueou as contas das transportadoras e esqueceu que netas transportadoras trabalham pais de família que precisam do seu salário—, declarou.

Claudinei ainda lembrou que na pandemia os caminhoneiros eram tratados como heróis e, agora, estão sendo “escorraçados como cachorro”.

A reivindicação desta manifestação não se dá apenas pelo desbloqueio das contas:

—Este foi o ápice. Nossa solicitação é que o país comece a andar. Estamos sob às ordens de um ser supremo que acha que é dono do país. Nós sabemos que nossa classe de caminhoneiros é mais importante que qualquer outra no país, se nós cruzarmos os braços, nem ele que é supremo tem papel higiênico—, afirmou o caminhoneiro citando que são responsáveis pelo transporte de 98% dos produtos.

O cenário hoje é de quase todas as estradas fechas em Rondônia. No Mato Grosso a classe decidiu não transportar nada.

—O caminhoneiro que tiver consciência vai parar. Mexeu com um, mexeu com todos.

Claudinei Habacuque disse que a situação chegou a esse ponto porque o povo não está satisfeito com o resultado das eleições.

Anteriormente, por meio das redes sociais, em 9 de novembro, a PRF havia informado que todos os bloqueios totais e interdições parciais tinham sido desfeitos nas rodovias federais.

Mesmo sem interdições, os atos continuaram em algumas vias. Um relatório entregue ao STF na quarta-feira (16) mostrava que, naquela data, havia 66 protestos nas estradas, mas os manifestantes estavam concentrados às margens das rodovias, segundo a Agência Brasil.

Atos

As manifestações foram iniciadas após o resultado das eleições 2022. Caminhoneiros e outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) deram início aos atos na noite de 30 de outubro, data do segundo turno do pleito, após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter sido matematicamente eleito. Bloqueios em rodovias federais e manifestações nas proximidades de unidades militares têm sido registrados.

Os atos contestam o resultado das urnas e pedem socorro às Forças Armadas, já que não encontram apoio no Congresso Nacional. Além da eleição de Lula, os protestos também têm críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: Gazeta do Povo
Edição: A Folha

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