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Notícias

25 de novembro de 2022

Cresce o número de estelionatos neste ano em Não-Me-Toque

Por Redação A Folha

O famoso crime 171, ou estelionato, têm feito muitas vítimas em Não-Me-Toque ao longo de 2022. Segundo registros oficiais, apenas neste ano foram relatados cerca de 180 casos.

O estelionato

A justiça define como estelionato o ato de fraudar contratos e convenções, ou de forma simples, o criminoso enganar a vítima para obter vantagens, na grande maioria, financeira.

Vítimas não-me-toquenses

Muitas vezes os golpes vem por meio de contatos de criminosos se passando por conhecidos da vitíma
Imagem ilustrativa

Os 180 casos registrados na cidade possuem vítimas de várias faixas etárias e muitos “modus operandi”.

Com a facilidade criada pelo Pix, atuando a cerca de dois anos no mercado, os golpistas têm aproveitado para fazer ainda mais vítimas. Perfis hackeados, contas falsas e páginas estão sendo usadas para propagar a Tabela Pix.

O divulgador promete devolver em dobro o valor recebido. Na cidade, muitas vítimas que caíram no golpe fizeram transferências no valor R$ 300,00 em parcela única, ao tentar resgate percebeu que se tratava de uma fraude.

Outra pessoa lesada na cidade perdeu um montante ainda maior, a primeira transferência foi no valor de R$ 400 e a segunda de R$ 426, sendo bloqueado pelo estelionatário alguns minutos depois.

Esses são apenas alguns dos relatos, outros tipos de golpes também foram aplicados, como o falso parente solicitando dinheiro com um número diferente, pessoas passando-se por funcionários do INSS solicitando dados, compra de produtos que não foram entregues ou oferta de empréstimos em que, para liberação, é necessário o pagamento de um valor.

Golpe do Nude

Um dos golpes que se tornou mais conhecido recentemente devido a operações policias foi relacionado à “Nudes”. De forma geral, um perfil faz contato com a vítima, trocam fotos íntimas, depois alguém começa a extorsão dizendo que se tratava de uma criança. O medo e a vergonha imposta nesses casos são fatores que levam a pessoa a se calar, ceder à extorsão e não registar a ocorrência. Mas é importante que seja feito, conforme explica o advogado Arthur Aguiar.

—Muitas vezes, a pessoa que cai é casada, em um relacionamento, e os golpistas ameaçam vazar essas fotos ou passar para o cônjuge. Mas existe um procedimento na polícia em que se pode fazer um boletim de ocorrência com sigilo. Quando reúnem muitos casos, geralmente, fazem uma operação para ir atrás desses golpistas—, explica o advogado.

Em uma ação realizada recentemente, algumas vítimas que registraram conseguiram o ressarcimento de valores.

Agência de viagens

Porém, os golpes não estão restritos aos meios digitais, há relatos de pessoas lesadas por uma agência de viagens que participou da Expo Não-Me-Toque. Arthur Aguiar disse que quase entrou para as estatísticas, mas ao desconfiar dos valores ofertados buscou mais informações e descobriu que a empresa em questão não possuía convênio com os hotéis e pousadas que ofertava pacotes. Mas outros clientes não escaparam.

—Tive um cliente que caiu, perdeu cerca de R$ 2.800 para se tornar cooperado ouro dessa agência. Contatei a agência pedi o reembolso, pois após o contrato tem o prazo legal de sete dias para solicitar o cancelamento eles falaram que iriam verificar. Ainda orientei o cliente a ir ao Procon, depois com o protocolo entrei na Justiça para reaver o valor—, explica o advogado.

Cautela para evitar prejuízo

Como diz o velho ditado “quando a oferta é muito, o santo desconfia”. Essa máxima precisa ser lembrada sempre que uma oferta atraente prometendo muito com baixo custo. Desconfie e evite clicar em links, abrir arquivos que você desconheça a origem.

Mas não é de apenas “desconhecidos” que se faz um golpe 171, com o hackeamento de perfis on-line é necessário cautela até com amigos, pois podem estar servindo de ponte sem nem ao mesmo saber.

Além do registro de ocorrência, a vítima pode, com ajuda de um advogado, representar judicialmente.

—Quando um banco emite um boleto, ele gera para cair na conta de alguém. Para criar a conta, a instituição financeira exige alguns requisitos que identificam o correntista e são exigência do Banco Central, se ela não seguir ela é solidária ao golpe—, explica Arthur Aguiar.

Esses dados bancários são cruciais no processo judicial para que se tente chegar ao estelionatário.

Etapas de segurança

Procure manter seus dispositivos, seja celular ou computador, sempre com antivírus ativo, eles funcionam como barreira para evitar acesso indevido. Mantenha verificação em duas etapas de suas redes sociais.

Além disso, existem sites de monitoramento de confiabilidade das empresas, como o Reclame Aqui, em que a situação pode ser consultada.

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