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Helaine Gnoatto Zart e Roque Zart estão à frente do Jornal A Folha há 30 anos. Registrando a história e evoluindo com a tecnologia, o veículo se faz cada vez mais presente na vida de quem busca informações.

9 de dezembro de 2022

Uma jornada no tamanho dos protagonistas

Por Helaine Gnoatto Zart- editora chefe e jornalista

Helaine Gnoatto Zart e Roque Zart estão à frente do Jornal A Folha há 30 anos. Registrando a história e evoluindo com a tecnologia, o veículo se faz cada vez mais presente na vida de quem busca informações.

Sempre pensei que o futuro nos reserva ainda melhores oportunidades que o passado nos apresentou. E assim é.

Quando vim de Sarandi para Não-Me-Toque (abril de 1990), foi a convite dos empresários João Nelson Fauth, Antônio Barichello, Gilson Trennepohl e Valdir Müller. Eles estavam determinados a criar um novo jornal na cidade, onde a população pudesse encontrar um jornalismo sério e ético. Cada um em sua função, não tinham como assumir esse desafio. Aí que entrei na história.

Junto com Ricardo Fernandes, assumimos o Jornal O Estado e formamos uma sociedade igualitária. Eu tinha quatro anos de experiência como redatora de jornal e o que encontrei pela frente não foi nada fácil.

O arquivo do jornal O Estado, que tinha pouco tempo de circulação, estava numa caixa de papelão, alguns recortados e até faltando exemplares de algumas edições. Desde então, todos os anos, nosso arquivo é encadernado e pode ser acessado em nossa redação ou na Biblioteca Pública Municipal.

Este é apenas um dos problemas que passavam por falta de equipamento, mobiliários e pagamento de contas. Fomos bem neste primeiro ano, sempre com apoio dos empresários que nos incentivaram a criar uma alternativa confiável de imprensa em Não-Me-Toque. Mais especificamente o Gilson, que nos confiou o resgate histórico da Stara e os primeiros passos do marketing da empresa.

O primeiro ano foi de organização, investimentos básicos como máquina fotográfica e máquina de escrever eletrônica. O trabalho de edição era artesanal, coluna por coluna, letra por letra a cada título, até que em 1991 adquirimos o primeiro computador para digitar as matérias, mas a diagramação ainda continuava a ser manual. No final deste ano, as finanças não estavam nada bem, pagamos as contas, mas não sobrou nada pra nós, os sócios, ficamos sem salário. Apesar do apoio, as despesas eram grandes e o faturamento pouco. Estávamos a ponto de desistir, quando o Ricardo recebeu uma proposta do Roque Zart, que já era meu namorado e passou a ser sócio da RH Publicidades Ltda., oficialmente em março de 1992.

Com a injeção de capital, a empresa pode se reorganizar e repensar seu propósito, a começar pelo nome que não representava o conteúdo, já que somos um jornal semanário de uma cidade do interior do estado. Em 12 de dezembro de 1992, circulou a primeira edição do Jornal A Folha, dando sequência ao trabalho e se mantendo firme no propósito de ser ético e contribuir para o crescimento da comunidade, por meio da valorização das ações das forças vivas – políticas, associativas, filantrópicas e empreendedoras.

Este pilar sustenta nossa empresa até hoje.

Tenho convicção de que cumprimos com o propósito inicial e não nos desviamos da ética.

Já em 1993 adquirimos um programa para artefinalização das páginas do jornal. Foram necessários novos equipamentos e assim fomos investindo em tecnologia e novidades. Fomos um dos primeiros jornais do interior a ter as páginas diagramadas em computador, edição colorida, máquina fotográfica digital, portal de notícias (2009), e assim sucessivamente.

Fazer jornalismo, hoje, parece mais fácil, diante de tantas facilidades. No entanto, a responsabilidade é ainda maior porque tudo que se escreve pode ser checado.

Para isso, precisamos de pessoas e todos esses 30 anos foram trilhados com o apoio de muitos colaboradores. Eu e o Roque desejamos que todos se sintam prestigiados ao serem representados pela Saionara Pagliarini, Michel Dillemburg, Anderson Brisola, Paulo Renz da Silva e Cristine Kayser da Silva, que assinam depoimentos publicados nesta edição. Olhando para trás, reconhecemos que fomos além de ser uma empresa jornalística, fomos um laboratório de empreendedores e profissionais de sucesso.

Aos assinantes e leitores, que são a razão da existência de um jornal, nós queremos agradecer por meio do depoimento de Ana Maria Erpen. Foram mais de 30 mil reportagens nestes 30 anos, tudo feito para atender a busca de informações e servir de canal de divulgação.

Aos anunciantes, principal fonte de renda da empresa, nossos agradecimentos pelo apoio e confiança em nosso produto. Cuidamos de cada notícia para que deu anúncio seja valorizado e alcance o púbico proposto.

Às autoridades que confiram em nosso trabalho, agradecemos a todos que passaram por cargos em Não-Me-Toque, Lagoa dos Três Cantos, Victor Graeff e Tio Hugo, sintam-se representados pela manifestação de Teodora Lütkemeyer. Nossas páginas contam suas realizações.

De nossa redação, saíram muito mais que reportagens e cobertura de eventos, saíram históricos de empresas e instituições. A própria história de Não-Me-Toque, pesquisada e escrita pela primeira vez pela professora Sandra Pedroso Cunha, em meados de 1992, encontrou em nossa redação o computador para ser digitada e facilitar revisões, correções e acréscimos.

Estamos felizes em chegar aos 30 anos. Olhamos para trás com reconhecimento a todos que contribuíram e nos preparamos para o futuro que chega todos os dias. Contamos com uma equipe capacitada e parcerias sólidas que garantem nossa evolução e presença nesse novo e exigente mercado digital. Uma jornada do tamanho de todos seus protagonistas.

Afinal, o presente é sempre melhor do que o passado.

Gratidão!

*Editorial comemorativo aos 30 anos do Jornal A Folha*

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