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Sérgio Francisco Turra (Foto divulgação)
4 de janeiro de 2023
Coragem para fazer o certo
Sérgio Turra
Deputado Estadual (Progressistas)
Certa feita o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill disse que a base da moralidade humana consiste no homem fazer o que precisa, apesar das consequências pessoais, dos obstáculos, perigos e pressões. Churchill tinha razão!
Prestes a deixar a Assembleia Legislativa olho para trás e vejo todo tipo de intimidação que eu e outros parlamentares sofremos nos últimos oito anos. As maiores reformas da história recente tiveram gritos e vaias como trilha sonora. Mas deixamos de lado as caravanas do atraso e seguimos adiante, pois quando agimos com base em nossos princípios, desviar do caminho nunca é um caminho.
O Rio Grande de quando entrei na vida pública era insolvente. Havia dificuldade para pagar fornecedores e pagar os servidores, além de uma estrutura arcaica e inchada que era muito diferente de qualquer empresa. A cereja deste indigesto bolo era uma mentalidade esquerdista enraizada, que entende que o estado deve ser provedor, abrangente e intrometido na vida dos cidadãos.
Foram horas e mais horas de discussões na tribuna e nas comissões. Às vezes parece que não, mas as palavras têm poder. As nossas, neste caso, tiveram o poder de conscientizar as pessoas de que precisávamos de uma nova atitude. De um estado voltado verdadeiramente aos gaúchos. Ao gaúcho agricultor, ao gaúcho empreendedor, ao Rio Grande que dá certo!
Foi por 11 milhões de gaúchos que trabalhei para retirar a obrigatoriedade de plebiscito para a privatização de estatais. Foi pensando no homem do campo que aprovamos o projeto que criou as delegacias rurais de combate ao abigeato. Foi pelas comunidades que aprovamos o Programa de Incentivo ao Acesso Asfáltico (PIAA), para que a sociedade pudesse ser parceira na solução daquilo que era prioridade para dezenas de municípios. Foi em respeito às pessoas que aprovei o regramento para a transição entre governos municipais e o governo estadual, para que tudo seja feito da forma mais republicana possível.
Foi pensando no contribuinte gaúcho que combati privilégios e o aumento de impostos. Com coragem e sentimento público, nesses oito anos defendi e dei o meu voto favorável a outros tantos projetos que faziam o Rio Grande avançar, fossem eles apresentados pelo Governo ou por colegas deputados.
É por tudo isso que tenho o senso de dever cumprido. Entrei na vida pública pela porta da frente, com o propósito de honrar o nome e a história de meu pai, Francisco Turra. E é com a cabeça erguida que agora retomo a vida fora da política, sabendo que dei a minha parcela de contribuição para entregar um Rio Grande mais próspero aos meus filhos e aos filhos de todos os gaúchos.
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