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Notícias

5 de fevereiro de 2023

Disseram que foi o monge

No livro “Um Novo Mundo” de Eckart Tolle, encontramos um conto que elucida um dos princípios fundamentais da experiência de viver de forma integral o momento presente sem a influência do ego.

Nesse conto, o autor fala sobre um monge tibetano, um exemplo de sabedoria. No mesmo vilarejo em que o monge vivia e conduzia as pessoas para seus ensinamentos edificantes, vivia também uma moça. Certo dia, após descobrir uma gravidez indesejada, a jovem com muito receio da atitude de seu pai, permanecia escondendo a identidade do pai da criança. Quando o bebê nasceu, sem saber o que aconteceria, a jovem resolveu mentir e dizer que o bebê era filho do monge. Sem pensar duas vezes, e com muita raiva, o pai da jovem pegou a criança e levou até a casa do monge que desconhecia completamente o assunto. “-Tome! Agora crie o seu filho!”. Mesmo sabendo que aquele não era seu filho, o monge tomou a criança em seus braços e disse apenas: “-Tudo bem”. A notícia se espalhou pela cidade e os rumores acabaram com a reputação do sábio, que passou a criar aquele bebê com todo seu carinho e dedicação. Passando mais de um ano do ocorrido, a jovem, cheia de remorso, decide contar a verdade ao pai, e fala sobre a inocência do monge. Ambos partem até a casa do sábio, se desculpam, e propõe que assumam a guarda do menino. Eis que o sábio responde apenas: “-Tudo bem”.

Neste trecho do livro de Tolle, nos deparamos com uma situação pouco provável, isso porque, presente em todos nós e na maioria das vezes comandando nossos pensamentos e atitudes, está o ego. O ego é a parte da nossa psique que atribui valor, que define o nosso orgulho e que como medida de proteção, quer nos proteger do desconhecido. Pouco provável seria alguém aceitar de bom grado e sem relutância uma situação como a que o monge se encontrou, mas este é o exemplo de total resignação quanto a vida.

Em diversos momentos e por diversos motivos acabamos perdendo a oportunidade de viver momentos únicos e ser coniventes com o destino quando não conseguimos abrir mão da influência do ego nas nossas vidas. Somos na maior parte das vezes reféns de pensamentos tóxicos e rotinas repetitivas que nos impedem de alçar novos voos.

O principal propósito do livro é produzir em cada um a capacidade de despertar através de uma modificação na nossa velha consciência. Como seria uma vida totalmente desperto? Totalmente presente!

A mudança é possível e inconscientemente sabemos que tem algo que precisa mudar e que precisa evoluir no nosso comportamento. Precisamos nos livrar das amarras que nos condicionam a repetir incessantemente os mesmos padrões de pensamentos sobre nós e sobre o mundo. Precisamos adquirir a capacidade de enxergar a essência de todas as formas e acontecimentos, o mundo clama pela evolução da humanidade.

Sob o controle do ego, permanecemos incapazes de compreender o sofrimento que causamos a nós mesmos, ao nosso semelhante e a atmosfera universal. Evolução: Esse é o objetivo da humanidade na construção de um novo mundo.

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