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25 de abril de 2023
Óbitos por dengue no Estado se concentram na população idosa
O Rio Grande do Sul já registrou este ano 11 óbitos por dengue. Desses, oito foram em pessoas com mais de 60 anos. A proporção entre os idosos também foi verificada ano passado. Entre as 66 mortes pela doença ocorridas em 2022, 79% foram nesta faixa etária. O fato faz a Secretaria Estadual da Saúde reforçar o alerta de prevenção a essa população.
Conforme explica a enfermeira Catia Favreto, responsável no Centro Estadual de Vigilância em Saúde pelo Programa de Arboviroses (doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti), os idosos estão mais sujeitos à hospitalização e ao desenvolvimento de formas graves da doença.
—É importante lembrar que esses indivíduos são mais vulneráveis às complicações decorrentes de dengue, entre outros aspectos, por possuírem sistema imunológico menos eficiente e a possível existência de outras doenças crônicas associadas, além do fato de se desidratarem com mais facilidade—, descreve.
—Por isso, a avaliação clínica deve ser criteriosa, a fim de se evitarem complicações pela demora na identificação e no tratamento da infecção grave por dengue, quando presente—, recomenda.
Óbitos por dengue em 2023 por faixa etária
20 a 29 anos: 1
40 a 49 anos: 2
60 a 69 anos: 2
70 a 79 anos: 1
80 anos ou mais: 5
Óbitos por dengue em 2022 por faixa etária
1 a 4 anos: 1
10 a 14 anos: 1
30 a 39 anos: 4
40 a 49 anos: 6
50 a 59 anos: 2
60 a 69 anos: 10
70 a 79 anos: 22
80 anos ou mais: 20
(faixas etárias não citadas não registraram óbitos nos períodos)
Outro dado que demostra a suscetibilidade dessa faixa etária é a comparação nas proporções entre os casos confirmados e os óbitos. Em 2022, enquanto os idosos representaram 17% dos casos, eles corresponderam a 79% dos óbitos (52 entre os 66). Neste ano (até o dia 23 de abril), a população acima dos 60 anos são 26% dos casos confirmados e 73% entre as mortes em virtude da doença (8 entre as 11).