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Presidente do Poder legislativo conduziu a audiência que reuniu pessoas interessadas na proteção aos pequenos animais (Fotos: Helaine Gnoatto Zart)
28 de abril de 2023
Prevenção e do combate à crueldade animal encerram pauta do Abril Laranja
Por Redação A Folha
O abandono de cães é uma forma de crueldade visível, mas ainda existem formas menos visíveis, que são os animais presos em pequenos canis ou acorrentados, sofrendo falta de espaço para mobilidade, falta de água e comida. O abandono e a matança de gatos também cometida sorrateiramente é outro fato incontestável.
Na noite de quarta-feira (26), aconteceu uma audiência pública sobre prevenção e combate à crueldade animal. O evento encerrou a programação do Abril Laranja, da Câmara de Vereadores.
Udo Schmiedt, voluntário na proteção animal, que reivindicou a realização da audiência pública, se preocupa com os custos da manutenção dos animais por parte dos voluntários. Ele cuida de 19 cães abandonados e calculou em mais de R$ 1 mil o custo para os cuidados mensais por animal, valor que está na conta dos cuidadores.
—Hoje são centenas de cães abandonados, é uma situação não só de compaixão com os animais, mas de saúde pública e isso precisa ser tratado. Não-Me-Toque é uma cidade que tem condições financeiras de resolver o problema—, declarou Schmiedt.
Udo elogiou o trabalho da vereadora Franciele Schwingel de Carvalho, que abriu a agenda para a questão dos pequenos animais e colabora para que a administração municipal mantenha políticas públicas voltadas para esta causa.
O voluntário também chamou atenção para a venda de animais de raça, pela exploração das fêmeas como fonte de renda.
—Temos muitos animais bonitos para adoção e mesmo o vira-latas, sempre se torna um grande companheiro—, reforça.
A população aproximada de cães mantidos por tutores (donos) é de 700 animais, segundo a presidente da Câmara de Vereadores, Profe Franci. O município ainda não tem levantamento do número de cães de rua, mas estima em mais de cem. A principal ação para reduzir a população dos abandonados é a castração, cujo programa está em andamento e sofre estudos para ampliação.
—A castração é um caminho certeiro que impede a procriação. Estamos buscando formas de ampliar o programa—, comenta a presidente do Poder Legislativo, Profe Franci.
Ações como a mateada que arrecadou ração e recursos para atender os custos que os voluntários têm com os animais abandonados poderão ser repetidas mais vezes, como forma educativa e arrecadatória.
Confira a entrevista: