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Foto: Reprodução | Internet

5 de maio de 2023

Agricultores estão sem recursos para plantar

Com linhas de crédito do Plano Safra congeladas desde fevereiro, agricultores precisam recorrer a empresas

O governo Lula não começou com uma boa relação com os agricultores. Além de separar a pasta agricultura entre pequenos, médios e grandes produtores e chamar o agro de “fascista”, não colocando recursos suficientes para atender a demanda em algumas linhas de crédito subsidiadas do Plano Safra, entre elas, o Moderfrota, usado na compra de máquinas agrícolas; e o Pronaf, de fortalecimento da agricultura familiar.

Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos, seria necessário, pelo menos, R$ 5 bilhões para suplementação orçamentária, ainda para o calendário-safra prestes a ser encerrado. No entanto, o pedido ainda não foi atendido.

Mesmo com a taxa de juro fixada em 12,5%, o produtor não encontra recursos. Se o produtor for ao mercado, vai encontrar juros em 16%, 18%. Na faixa do Pronaf, em que os juros são de 5,5%, a diferença é maior ainda. A expectativa é que a suplementação saia.

Para o próximo Plano Safra, a Abimaq solicitou R$ 34 bilhões para o Moderfrota e R$ 11 bilhões para o Pronaf.

Na falta de crédito subsidiado, ganham espaço os bancos comerciais, as fábricas e as cooperativas de crédito. Na Agrishow, o Banco Santander está oferecendo uma linha de taxa pós-fixada, com juros em 11,25% para operações fechadas em até 92 meses.

A projeção é de uma queda, ainda que “tímida”, na taxa de juros a partir do segundo semestre, o que tornaria mais vantajosa a modalidade ao produtor.

Segundo o diretor comercial do Banco CNH, Márcio Contreras, com o fim dos recursos subsidiados, a aposta é no CDC, em que o recurso é captado no mercado financeiro e emprestado aos produtores usando o bem como garantia.

—Embora seja uma operação cara e complexa, ainda é muito mais vantajosa que juros livres. É uma solução que será cada vez mais popularizada com o mercado de títulos do agronegócio, especialmente na agricultura empresarial—, explica.

Na visão de Contreras, as linhas subsidiadas são importantes e serão cada vez mais direcionadas para pequenos e médios produtores.

—Essa nova linha do BNDES para agroexportadores atrelada ao dólar também é uma solução interessante e que deve crescer—, afirma.

Na falta de recursos, outra opção é o consórcio. Com taxas em torno de 6%, o produto costuma ter um salto quando o subsídio acaba.

Fonte: Canal Rural

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