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Notícias

7 de maio de 2023

A linha tênue do equilíbrio entre o bem e o mal

Por Bruna de Souza

“Todos tem o bem e o mal dentro de si, o que importa são as nossas escolhas. São elas que fazem prevalecer a diferença.”

Com essa frase dita por Alvo Dumbledore, personagem da saga Harry Potter, nós iniciamos a reflexão de hoje. O bem e o mal presentes, dentro de cada um de nós, é um dos temas que mais vem à tona durante a história escrita por J.K. Rolling. À partir dessa temática a autora busca concluir que o importante sempre serão as nossas escolhas. São as escolhas tomadas em momentos cruciais que definem quem nós somos.

Certa vez publiquei nas minhas redes sociais que, “A parcela do bem que há no mal e a parcela de mal que há no bem buscam o equilíbrio constante. Devemos viver de tal forma que a nossa bondade não nos faça sofrer e a nossa maldade não faça os outros sofrerem.”

Um exemplo que me chama atenção e que vem ao encontro desse assunto é a “Síndrome do Branco Salvador”, caracterizada pela busca de notoriedade em atos que envolvem a atitude de ajudar, onde um se classifica como o provedor e o outro como o auxiliado. O que acontece constantemente no continente Africano. Muitos chegam em busca de realizar a sua “missão” sabendo que o continente africano é popularizado pela pobreza, doenças e falta de auxílio, porém, cada vez mais auxílio chega até o continente e certas pessoas acabam atrapalhando muitos dos trabalhos sérios que são constantemente realizados causando inclusive constrangimento à população. Muitas dessas pessoas, acreditam, estar fazendo realmente o bem e que sua missão é essa, mas nunca esquecem de divulgar nas suas redes o “bem” realizado. A “Síndrome do Branco Salvador” é o desvio de propósito de quem busca antes de tudo, notoriedade pelo bem praticado.

A verdade é que ações de caridade como essas podem ser realizadas em qualquer bairro ou comunidade carente do local onde se vive, mas que, obviamente, quando ganham conotação internacional trazem muito mais visibilidade há quem as pratica.

Esse é apenas um exemplo que serve para percebermos o quanto o bem e o mal andam separados por uma linha tênue e o quanto nossas ações devem ser constantemente autovigiadas.

Como na frase dita pelo sábio Dumbledore nos livros de Harry Potter, todos temos o poder de escolher, diariamente, entre o bem e o mal, lembrando que “fazer o bem” pode levar a tendência de nos exaltarmos perante o outro, assim como o “tender ao mal”, pelo julgamento do outro, pode nos classificar erroneamente como egoístas ou orgulhosos, ao passo que, muitas vezes, estamos apenas preservando nossa integridade mental. Muitas vezes apenas reconhecemos que não estamos na condição de ajudar o outro, por vivermos o processo da construção do amor próprio em primeiro lugar. Uma mente desequilibrada, na maior parte das vezes, não possui condições de ajudar.

A parcela do bem que há no mal e a parcela do mal que existe no bem buscam o equilíbrio constante. Lembre-se de estar em paz com a sua consciência, ela é o seu maior crivo e aliado. Como escrito também no livro “Anne with an E”: se todo mundo odiasse você e o considerasse perverso, mas se a sua consciência o aprovasse e o absolvesse da culpa, você não estaria sem amigos.

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