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Vivian Vanzim é coordenadora do Creas e está a frente das ações do Maio Laranja

13 de maio de 2023

“Eu me protejo” orienta crianças sobre abuso

Por Amélia freitas

Ela estava em casa

pintando um desenho
na cor do pôr do sol

Quando alguém a tocou
diferente de quem
a toca por amor

Maio laranja
que traz à lembrança
da velha esperança

A criança só quer segurança

A criança só quer ser criança

Vivian Vanzim é coordenadora do Creas e está a frente das ações do Maio Laranja

A canção de Jorge Oliver retrata de forma lúdica a situação de milhares de crianças que são abusadas, exploradas e com frequência não sabem nem ao menos identificar o que aconteceu. Neste ano, Não-Me-Toque integra novamente a iniciativa Maio Laranja, que busca o combate ao abuso e à exploração sexual infantil, como explica a coordenadora do Creas, Vivian Vanzin.

— As nossas ações tiveram inicio no mês de março, com a formação em escuta especializada com o psicólogo Jean von Hohendorff, trabalhamos junto aos profissionais que compõe a rede de proteção e do sistema de garantias, cerca de 80 profissionais que receberam capacitação. Agora, no mês de maio, realizamos as ações voltadas a educação, trabalhando com questões de conhecimento.

O cronograma prevê uma formação de três horas para os professores para que possam trabalhar com a cartilha da campanha, que tem como tema “Eu me protejo”.

— É uma cartilha explicativa e orientativa que busca ensinar a criança como conhecer o seu corpo e protegê-lo de forma inclusiva. Importante destacar

Cartilha Eu me protejo distribuída nas escolas

que ela não traz nada de cunho sexual, mas orientativo, pois muitas vezes a criança nem ao menos sabe o nome das partes do seu corpo, então como vai saber relatar—, fala Vivian.

O conhecimento do próprio corpo, identificar os órgãos e, acima de tudo, reconhecer o que realmente é carinho, o que é um toque indevido, quem pode te ajudar a se vestir, tomar banho por exemplo, são questões que ajudam as crianças entender o que é abuso e dizer não, impor limites.

Quando os nomes dos órgãos são “enfeitados” pelos pais, por vergonha ou pudor a criança pode não ser compreendida e um caso de abuso não ser identificado. A prova de que a informação correta é eficiente está no resultado da programação do Maio Laranja de 2022. O teatro Chiquinho e Mariela orientou não apenas as crianças, mas também os professores.

— Temos como resultado, a partir do conhecimento e educação, é que os alunos se sentiram à vontade para fazer a notificação, assim recebemos mais casos, muitos vindos por meio de registro das escolas—, destaca a coordenadora.

Cabe aqui reiterar que esse aumento de notificação necessariamente não significa aumento de casos e sim que família, criança e escola estão compreendendo o que é carinho e o que é abuso.

A campanha apresenta um folder contendo explicações sobre abuso e exploração bem como sinais que podem ser verificados

Pedágio orientativo

A programação ainda prevê um pedágio no dia 18, pela manhã que irá distribuir folders da campanha acompanhados de um prendedor com a flor símbolo da campanha.

— É uma atividade artística para materializar esse trabalho. Esse pregador de roupa será distribuído no pedágio, serão cerca de 3 mil copias do material. A ocasião terá a presença de professores, alunos e integrantes da rede de proteção—, finaliza Vivian.

Perigo on-line

Mas não é só no ambiente físico que o perigo está, na próxima semana, a segunda parte do especial Maio Laranja irá abordar os riscos on-line, ferramentas que podem ser usadas para monitoramento dos pais, entre outros assuntos.

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