Passo Fundo/RS: Neblina
Carazinho/RS: Tempo nublado
Passo Fundo/RS: Neblina
Carazinho/RS: Tempo nublado

Notícias

14 de junho de 2023

Pesquisa aponta que investimentos da indústria devem cair em 2023 no Rio Grande do Sul

Na contramão de 2022, quando subiu 2,5 pontos percentuais e o desempenho positivo da indústria gaúcha e a confiança dos empresários mantida em patamares elevados na maior parte do ano passado trouxeram consequências positivas para o setor em 2022 no Estado. É o que aponta a pesquisa Investimentos na Indústria do RS 2022/2023, elaborada pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), por meio da Unidade de Estudos Econômicos.

A proporção de empresas que investiram cresceu pelo segundo ano consecutivo, para 75%, 2,5 pontos percentuais acima de 2021 e 11,2 maiores do que 2020. O levantamento, porém, sinaliza um quadro desfavorável para os investimentos em 2023 – apenas 54% têm esta intenção, uma queda de 21 pontos – que, se confirmado, deve registrar a maior contração e o menor patamar da série histórica iniciada em 2010, além de 8,2 pontos percentuais a menos do que o recorde negativo, de 62,2%, em 2016.

— Com a confiança em baixa e muita incerteza econômica, a indústria gaúcha deverá ser cautelosa e esperar um cenário com melhores condições para efetivar os investimentos —, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

A pesquisa revelou que os 75% de 2022 foi o resultado percentual mais alto desde 2014, quando atingiu 77,3%. Confirmou, também pelo segundo ano, o percentual de empresas que indicavam intenção de investir no início de 2022 (74,7%). Apesar disso, reforça o presidente da Fiergs, somente 48,6% investiram como tinham planejado, o restante executou apenas parcialmente (41%), adiou ou cancelou os investimentos previstos.

Na avaliação dos empresários gaúchos, as incertezas da economia brasileira e o aumento dos custos dos insumos foram os maiores obstáculos aos investimentos em 2022, itens que receberam, respectivamente, 88,2% e 81,2% das respostas. Também foram entraves relevantes, as incertezas do contexto setorial ou do ramo de atuação, 77,3% das empresas, a expectativa de demanda insuficiente, 66,4%, e as dificuldades com a mão de obra, 62,5%.

No ano passado, os recursos próprios foram a principal fonte de financiamento dos investimentos: 57% do total investido. A segunda fonte foram os bancos comerciais privados, com 14% do total, seguidos dos bancos oficiais de desenvolvimento, com 8%, e dos bancos comerciais públicos, com 4%.

Investimentos que foram direcionados principalmente para a aquisição de máquinas ou equipamentos novos (82,8% das empresas que investiram), a manutenção ou atualização de máquinas ou equipamentos (74,2%) e o investimento nas instalações, como construção, manutenção, modernização ou aquisição (70,3%).

Perspectivas 

Os investimentos previstos para 2023 têm como principal objetivo a melhoria do processo produtivo atual, com 46,2% das empresas dispostas a investir. O segundo é a manutenção da capacidade, por 22% daquelas que responderam a pesquisa.

Os principais tipos de investimentos previstos são os mesmos dos realizados em 2022, com a compra de máquinas e equipamentos novos sendo novamente o principal, previsto por 76,9% das empresas. A manutenção ou atualização de máquinas ou equipamentos, com 58,2%, é o segundo mais apontado.

Em relação ao mercado-alvo, os investimentos para 2023 da indústria gaúcha serão principalmente para o interno: prioritariamente, para 34,5% (foi 37,3% em 2022) das empresas, e exclusivamente, para 28,7% (21,8% no ano passado). A pesquisa foi realizada de 2 a 13 de janeiro de 2023, com 180 empresas no Rio Grande do Sul, sendo 43 pequenas, 55 médias e 82 grandes.

Fonte: O Sul

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Permitir