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Notícias

6 de julho de 2023

Pesquisa inovadora sobre a doença de Alzheimer será realizada com apoio do Estado

A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, recebeu os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Eduardo Zimmer, do Departamento de Farmacologia, e Diogo de Souza, do Departamento de Bioquímica, nesta semana, quando foi apresentada a proposta de uma pesquisa inovadora sobre o diagnóstico precoce do Alzheimer. O estudo deverá ser desenvolvido com apoio da Secretaria Estadual da Saúde (SES), tornando o Rio Grande do Sul pioneiro neste segmento no Brasil.

— Como a expectativa de vida da população gaúcha aumenta a cada ano, consideramos o atendimento em saúde do idoso uma prioridade nesta gestão —, afirmou a secretária Arita. Segundo ela, a SES deverá contribuir com o projeto por meio de equipamentos e insumos para a concretização da iniciativa.

O vice-governador Gabriel Souza, que conheceu o projeto no início do ano, destacou que o Rio Grande do Sul poderá se tornar referência em diagnóstico a partir dessa iniciativa.

— O estudo prevê a possibilidade de ampliarmos o acesso aos exames a partir de um equipamento de aceleração de partículas. Importante incentivarmos ações preventivas como esta que podem trazer mais qualidade de vida à população —, ressaltou Gabriel.

De acordo com Zimmer, o trabalho consiste no desenvolvimento de um exame de sangue para conseguir identificar pessoas com risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

— Já é consenso da literatura médica e científica que essas doenças começam 20 a 30 anos antes dos sintomas. Então, se a gente consegue identificar a presença da patologia no cérebro, com exame de sangue antes dos sintomas, teremos uma grande janela por onde a gente pode tentar impedir que esses indivíduos desenvolvam os sintomas —, explicou.

Segundo ele, a partir de 2020, essa ideia começou a se intensificar no mundo inteiro.

— A gente tem participado dessa revolução e, agora, vamos começar um estudo no estado, para identificarmos de maneira precoce os indivíduos que vão desenvolver essa doença —, ressaltou

Além dessa identificação individual, os pesquisadores também poderão obter dados sobre a quantidade de pessoas assintomáticas, mas já positivas para os marcadores que identificam que o cérebro pode estar comprometido.

Estudos baseados na literatura da América do Norte e da Europa apontam a hipótese que de 25% a 30% da população idosa pode ser positiva para esses marcadores. Prever a quantidade de pessoas que precisa começar a ser cuidada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com estratégias farmacológicas, para tratamento de comorbidades ou não farmacológicas, incluindo uma mudança geral no estilo de vida, impedindo que esses indivíduos desenvolvam a fase clínica da doença.

Diogo Nófrio Gomes de Sousa, professor de Bioquímica da UFRGS, disse que, ao se formar uma comunidade científica voltada a esse tipo de abordagem, será possível montar políticas públicas para várias outras doenças, não somente do Alzheimer.

— Acho que esse projeto liderado pelo Zimmer não só vai permitir trazer para o Brasil algumas evidências que existem fora, como obrigatoriamente vai formar uma grande comunidade científica, política e governamental, voltado para políticas públicas que possam atender à sociedade gaúcha, brasileira e internacional, com esses estudos que estão começando agora, através da Secretaria de Saúde e do Governo do Estado —, enfatizou.

Fonte: Secretaria Saúde do Rio Grande do Sul

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