11 de agosto de 2023

Acervo cultural da Casa da Cultura é transferido de local

Por Erick Krüger Kanofre

Após décadas de exposições na Casa da Cultura Dr. Otto Stahl, que se encontra em situação precária, o acervo, com aproximadamente 10 mil itens, foi transferido de local.

Durante a última semana do mês de julho deste ano, o acervo do museu não-me-toquense foi transferido para uma sala comercial, na Rua Frei Olímpio Reichert, no prédio onde está o Sicredi. Os itens e objetos foram retirados com todo o cuidado, depois de limpos, empacotados com plástico bolha, catalogados e encaixotados. Também, os documentos e fotografias foram envelopados com papel de ceda, por ter um PH neutro, que contribui para preservar a integridade.

De acordo com a artista plástica Lizelote Battistella, contratada pela Administração para organizar e dar o devido cuidado ao acervo, os itens e os objetos estavam inseguros no local, que estão infestados de cupim, oferecendo riscos de estragar o acervo e colocando os visitantes em risco.

— Agora, em novo local, devemos eliminar o papelão das caixas, porque atraem traças.  Também não podemos usar clips de metal, pois vão enferrujar e estragar documentos. São vários os cuidados que precisamos ter com objetos históricos—, comentou Lizelote.

Assim como em todos os museus, os objetos devem ser protegidos de toque e de luz direta, entre outros tantos cuidados para sua preservação.

Em entrevista à Rádio e Jornal A Folha, Lizelote garantiu que, agora, o acervo será desempacotado para ser digitalizado e fotografado, para facilitar a busca e acesso no futuro.

Com relação ao prédio que foi residência do médico fundador de dois hospitais em Não-Me-Toque, e líder emancipacionista Otto Stahl, provavelmente, será reformada.

A casa não pode ser demolida, pois está tombada como patrimônio histórico e cultura, assim como todos os objetos nela contido. Mas para ser reformada ou restaurada com autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O prédio da Casa da Cultura Dr. Otto Stahl pertence à Congregação das Irmãs de Notre Dame. O acervo pertence à prefeitura que é responsável pela manutenção e preservação de ambos, por terem sido tombados.

Ainda, Lizelote, explica que a intenção é organizar exposições temáticas no novo local:

—Não existe possibilidade de mantermos em exposição permanente 10 mil itens. Pensamos em organizar exposições periódicas por temáticas—, explica.

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