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Notícias

22 de agosto de 2023

Advogada explica por que mulheres ainda temem denunciar violência

foto: demonstração

Maria Luiza Lorenzoni Bernardi, coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, destaca a importância das leis e do reforço das políticas públicas voltadas à prevenção da violência contra mulheres

Nos últimos anos temos acompanhado a explosão do número de casos de violência doméstica contra mulheres no Brasil, principalmente durante o período de pandemia. Atualmente, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, o Estado do Rio Grande do Sul registrou cerca de 30 mil casos de violência contra a mulher. Neste cenário, estão entre as principais o feminicídio tentado e consumado, ameaças, estupro e lesões corporais.

A advogada e professora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, Angela Torma Pietro, aponta que o medo de denunciar ainda é um grande obstáculo para muitas mulheres, devido a fatores como histórico de violência, dependência financeira e afetiva, falta de conhecimento sobre seus direitos e vergonha de se afastar do agressor. Ela enfatiza que as leis, como a Lei Maria da Penha, desempenham um papel crucial para combater a violência e empoderar as vítimas.

—A Lei Maria da Penha, que completa 17 anos neste mês, é uma resposta concreta do Estado brasileiro à grave realidade da violência de gênero, que afeta milhares de mulheres em todo o país. É necessário continuarmos investindo na capacitação de profissionais da justiça e segurança para lidar de forma adequada com esses casos. A sensibilização da sociedade também é essencial, pensando em cada vez mais promovermos uma cultura de respeito e igualdade de gênero—, salienta a advogada.

A docente ressalta que, por meio da Lei Maria da Penha, vidas que seriam perdidas passaram a ser preservadas, e mulheres em situação de violência doméstica e familiar ganharam direito a proteção, fortalecendo a autonomia das vítimas. Para a advogada, além da aplicação das leis vigentes no Brasil, em especial a Lei Maria da Penha, a melhor resposta para mudar o cenário de violência doméstica e familiar contra a mulher, é a prevenção.

Por fim, a principal orientação da advogada para a mulher vítima de violência doméstica e familiar é superar o medo de denunciar o seu agressor(a), independentemente de o temor do processo.

—O silêncio não é a melhor ferramenta de solução para esses casos. As mulheres devem procurar apoio em familiares, amigos ou profissionais. Além disso, os telefones 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (Polícia Militar) são dois meios de denunciar.

 

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