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Ricardo Michelon do Sinduscon, deputada Any Ortiz, presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Cosa, conselheiro da Abicalçcados, José Paulo Boelter e presidente do Setcergs, Sérgio Gabardo Foto: Rosi Boni

7 de dezembro de 2023

Desoneração da folha deve afetar um milhão de empregos

A deputada Any Ortiz, relatora do projeto do governo na Câmara Federal que pretende vetar a continuidade da desoneração da folha de pagamento das empresas de 17 setores da indústria nacional, disse que a decisão vai gerar mais de um milhão de demissões no País.

A parlamentar falou como convidada da Federasul, no dia 6 de dezembro, ressaltando que o veto deverá ser votado na Câmara até a próxima semana, e que a medida do governo representa um grande equívoco econômico e político do presidente da República.

—É uma irresponsabilidade com as famílias brasileiras e também com os empreendedores. A medida impacta diretamente no custo de vida, pois vai aumentar a inflação. Vai contra a histórica defesa do presidente Lula de promover a geração de emprego e renda—, afirmou.
Os impactos sociais no emprego e renda pelo fim da desoneração da folha foi o tema da reunião almoço da Federação do Comércio e Indústrias do Rio Grande do Sul, que reuniu ainda o conselheiro do Conselho Deliberativo da Abicalçados, José Paulo Boelter, o presidente do Setcergs, Sérgio Gabardo, e o vice-presidente do Sinduscon, Ricardo Michelon.

O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, disse que esse é mais um momento difícil para a classe produtiva brasileira que já está tendo que administrar as consequências da aprovação da reforma tributária e do risco do aumento de ICMS no Estado.

—A desoneração da folha vai aumentar a carga tributária das empresas que não terão como absorver esses impostos e provocar um efeito cascata de aumentos nos valores dos bens e serviços que serão sentidos por todos—, explicou.
O representante da Abicalçados defendeu que as emrpesas precisam de incentivos para crescer:

—Desejamos aumentar o faturamento e promover o progresso, mas para crescer as empresas precisam de incentivos.

Argumentou que o aumento da carga tributária será necessariamente repassado aos preços. Para o empresário a decisão do governo está equivocada e é antissocial.

Lembrando que o Brasil é um país basicamente rodoviário, o presidente do Setcergs, Sérgio Gabardo, antecipou que o aumento de despesas do setor terá que obrigatoriamente ser repassado e que as consequências dessa elevação serão sentidas em todos os segmentos que utilizam o transporte rodoviário em sua produção.

Ricardo Michelon, do Sinduscon, entende que a decisão do governo é um desestímulo ao emprego formal pois afetará diretamente na contratação de funcionários na medida em que provocará uma desaceleração da economia. Prevê que a decisão vai aumentar a informalidade no país.
A deputada Any Ortiz acredita que será possível obter os votos necessários para a derrubada do veto governamental. Ela defendeu também a prorrogação da desoneração da folha por mais quatro anos, enquanto se discute alternativas que possam melhorar o ambiente econômico do país.

—Precisamos tentar impedir o impacto negativo que a medida vai gerar sobre o setor produtivo, eliminando não somente vagas de trabalho mas também afetando a competitividade das empresas até porque o impacto não ficará restrito aos setores atingidos mas toda a economia.

 

Fonte: Federasul

 

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