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Notícias

Foto: Divulgação Expodireto Cotrijal

17 de março de 2024

Expodireto Cotrijal também tem um olhar além do agronegócio

Por Erick Krüger Kanofre

A Expodireto Cotrijal já encerrou, mas as mídias sociais ainda estão discutindo sobre a feira que superou os resultados da edição de 2023.

Não-Me-Toque recebe inúmeros visitantes, seja estadual ou mundial, contudo, a Expodireto é um evento muito importante para o agronegócio mundial, que discute assuntos importantes que interferem na produção, preços, logística e comercialização do agronegócio. Mas, além destes assuntos, é possível observar que a feira é uma plataforma importante para tratar do ensino e do meio ambiente, por exemplo. Nesta reportagem, falamos com diversos segmentos da feira para mostrar que o evento vai além do imaginado.

Universidade de Passo Fundo

Universidade de Passo Fundo participa todos os anos Foto: Erick Kruger Kanofre / AFolha

O gerente de Marketing da Universidade de Passo Fundo (UPF), Davi Valar, explicou os assuntos tratados na Casa UPF. Um espaço para palestras, arena, que concentrou conversas sobre a importância do agronegócio.

Além de professores, os alunos também apresentaram trabalhos realizados em suas respectivas graduações, como a diferença dos tipos de trigo, qual é a variedade utilizada para fazer o pão, por exemplo e exposição alguns animais de porte pequeno conservados em frascos.

— A UPF é parceira da Expodireto Cotrijal há mais de 20 anos e é um prazer novamente estar aqui recebendo os visitantes, nossos alunos, professores e parceiros de negócios. Neste ano trouxemos nossos laboratórios, as soluções desenvolvidas para os pequenos e médios produtores dentro da universidade, e que fornecem para suas propriedades projetos e soluções para que eles possam se adequar, produzir de forma mais rentável. Trouxemos também muitas palestras e painéis com professores e convidados falando sobre os principais temas que a feira vem debatendo para o setor do agronegócio.

Ainda, comentou da grande demanda de visitantes que a Casa UPF ganhou durante a feira:

— Preparamos uma programação intensa visando atrair os visitantes, não só as atividades de conteúdo, mas os laboratórios, o nosso espaço de lazer, de networking, os projetos, e o Musar com exposição de animais, algo que contempla a curiosidade dos visitantes de todas as idades.

O espaço da Universidade recebeu muitas escolas da cidade e da região.

Apicultura e meliponicultura

Num dos espaços da Emater-Ascar/RS, o tema foi abelhas africanas e melíponas (abelhas com e sem ferrão), que estavam presentes.

O proprietário dos insetos, Valdir Maurer, explicou sobre cada espécie de abelha, além de comentar sobre a diferença de sabores dos diferentes tipos de mel.

A polinização das abelhas tem um papel muito importante no desenvolvimento das plantas e para a sobrevivência do ser humano. Sem este processo, não haveria agricultura.

—Sou parceiro da Emater e, a há 8 anos participo de feiras e eventos com as minhas abelhinhas. Realizamos a divulgação por meio da degustação dos diferentes tipos de mel e demonstração dos enxames.

Ele começou como criador de abelha com ferrão, a classe da apicultura. A meliponicultura é abelha sem ferrão. Simplificando, abelha sem ferrão é a categoria do mirim, que faz a meliponicultura.

—Além de produzir um dos alimentos mais saudáveis que existe no mundo, as abelhas promovem o benefício da polinização, que beneficia tida a humanidade. No momento que a gente não tiver mais abelha na natureza, tanto faz se é com ferrão ou melíponas, não vai ter alimento—, esclarece Valdir.

Valdir Maurer destacou importãncia das abelhas na produção de alimentos e diferentes tipos de mel
Foto: Erick Krüger Kanofre / AFolha

Presidente da União Carazinhense de Apicultores e Meliponicultores, Valdir convidou para o 2º Encontro Abelheiro que acontece em Carazinho nos dias 27, 28 e 29 de setembro, que vai reunir criadores de abelhas e expor técnicas e produtos para a produção do mel.

Conversa com a Emater

Ainda área da Emater, visitamos a Horticultura. Em conversa com o extensionista rural da Emater, Erivelton Kreisig, comentou sobre o objetivo da horticultura:

O objetivo da Emater na Expodireto é mostrar para o agricultor alternativas viáveis na sua propriedade. Este ano abordou com ênfase a questão da emissão e do equilíbrio de carbono. Na parcela das hortaliças, a equipe ratou da sustentabilidade e produção a baixo custo, pensando na viabilidade do agricultor e permanência do jovem no meio rural.

—Porque o jovem não fica no interior se não tiver renda, então nós mostramos alternativas para o pessoal ver com os próprios olhos como fazer.

Reconhecendo que muitas casas na zona urbana mantêm uma horta, Erivelton explicou:

— A Emater atende cerca de 200 mil famílias no estado, mas uma boa parte desse público é agricultor urbano, ou mesmo que não seja agricultor, as pessoas buscam informação com a Emater para produzir na sua horta doméstica. E para esse público, nós também temos alternativas de baixo custo.

Emater mostrou produção de alface por hidroponia
Foto: Divulgação Expodireto Cotrijal

Quem visitou o espalho da Emater pode ver de perto um sistema de hidroponia vertical, um cultivo de alface que pode ser instalado na sacada de um apartamento

—Não é simplesmente botar alface na água e deixar a Deus dará, nossa função também é explicar a metodologia de cultivo—, explicou o extensionista, inclusive sobre as dificuldades com o clima

Meio Ambiente na Expodireto Cotrijal

A Expodireto Cotrijal tem cerca 131 hectares, sendo aproximadamente 11 hectares dedicadas ao Meio Ambiente. A coordenadora do espaço do Meio Ambiente da Expodireto Cotrijal, Deisi Sebastiani, explicou como foi usado o espaço neste ano:

— Os 11 hectares do espaço da natureza são dedicados às ações de educação ambiental e, nesse ano, tivemos duas exposições para atendimento do público, mostrando um pouquinho da parceria com a Biotropy, apresentando o uso dos produtos biológicos, que tem essa pegada de sustentabilidade.

coordenadora do espaço do Meio Ambiente da Expodireto Cotrijal, Deisi Sebastiani, e equipe
Foto: Erick Krüger Kanofre / AFOlha

Deisi Sebastiani também explicou que, na Casa do Meio Ambiente, foi apresentado o trabalho da empresa Kimia, que está fazendo o diagnóstico das ações que a Cotrijal e a Expodireto já desenvolvem na área de ESG e desenvolvimento sustentável.

Projeto Bosques Gaúchos traz exemplares de árvores nativas de sete regiões do estado
Foto: Erick Krüger Kanofre

Deisi comentou sobre a destinação do espaço:

—Essa área, a Cotrijal preserva para ações de educação ambiental. Os 11 hectares contemplam o lago, o projeto Bosques Gaúchos, o anfiteatro, onde peças de teatro sensibilizam para o tema do ano, além da Casa do Meio Ambiente —, descreveu.

O projeto Bosques Gaúchos é uma representação de sete regiões fitogeográficas, por meio do bosque de árvores nativas plantadas à margem do lago, identificadas com o nome popular e científico. O bosque, que já oferece sombras frondosas, é um dos locais preferidos do público no horário de descanso ao redor do meio dia.

Espaço do Meio Ambiente recebe público diverso, inclusive estudantes do ensino fundamental Foto: Divulgação Expodireto Cotrijal

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