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Hospital Moinhos de Vento faturou 1,4 bilhão de reais em 2023, com lucro de 120,5 milhões de reais

24 de abril de 2024

Conheça o bilionário hospital gaúcho que investirá R$ 232 milhões para se tornar o melhor do Brasil

No coração de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o carioca Mohamed Parrini Mutlaq trabalha com uma missão: transformar o Hospital Moinhos de Vento, em que é CEO desde 2016, na melhor instituição de saúde do Brasil.

Não é um desafio fácil, num cenário em que os concorrentes já estão bem estabelecidos e que a grande referência de tratamento de saúde segue sendo São Paulo. Mas o Moinhos, como é conhecido, está no caminho. No ranking de 2024 dos melhores hospitais do mundo feito pela revista Newsweek, a instituição já aparece na quarta posição entre as brasileiras:

— O Brasil é grande demais para ter um único polo econômico —, diz Parrini.

— E o Rio Grande do Sul tem plena capacidade de se estabelecer como uma referência em saúde com o Moinhos de Vento.

Em uma toada de crescimento, a instituição de saúde faturou 1,4 bilhão de reais no ano passado, um aumento de 9,3% em relação a 2022. O superávit também cresceu cerca de 5%, indo para 120,5 milhões de reais.

Agora, está próxima a dar o próximo passo para seguir crescendo — e qualificando sua pesquisa e atendimento. O hospital vai investir 232 milhões de reais neste ano em melhorias.

Só na ampliação do complexo hospitalar, serão 150 milhões de reais. Trata-se de um novo prédio com 33 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 20 leitos de internação. O restante do momento será destinado, principalmente, em tecnologia.

— Estamos mudando todo centro cirúrgico, deixando-o totalmente tecnológico, com imagens durante a cirurgia, braços robóticos —, diz Parrini.

— Estamos também com um novo parque de tomografia, um centro de esterilização médica para diminuir as infecções. Vamos ter um novo laboratório de pesquisa. Estamos reformando as UTIs. Deixando a experiência dos usuários nos quartos mais agradável. E criando unidades avançadas dentro de shoppings para cirurgias rápidas e limpas, de baixa conversão.

Qual é a estrutura do Hospital Moinhos de Vento

O hospital Moinhos de Vento nasceu da mobilização da comunidade alemã que morava na região. Inicialmente chamado Hospital Alemão, abriu as portas em 1927, após anos de construção  que chegaram a ser interrompidos por causa da Primeira Guerra Mundial.

Mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que o hospital passou a se chamar Moinhos de Vento, em alusão ao bairro em que estava localizado em Porto Alegre. Nos anos seguintes, começou a expansão por meio de cursos de enfermagem e de novos prédios. Já na década de 1950, contava com sala para partos, raio X e cirurgias.

— O hospital cresceu junto com a imigração alemã e é fruto de gigantes empresariais que nasceram com o Moinhos de Vento e que ajudaram o hospital a crescer —, diz Parrini.

Hoje, o conselho do hospital é liderado por Eduardo Bier De Araújo Correa, empresário criador da cervejaria Dado Bier, e conta com outros nomes fortes do empresariado gaúcho, como André Meyer Da Silva, da Máquinas Condor, e Thomas Bier Herrmann, das tintas Renner Herrmann. Como conselheiros associados, há outros nomes fortíssimos da economia brasileira, como:

  • José Galló, da Renner
  • André Bier Gerdau Johannpeter, da Gerdau
  • Ricardo Vontobel, da Neugebauer
  • William Ling, da Évora

— De 10 anos para cá, esses associados começaram a nos provocar para pensar maior e transformar o Moinhos no melhor hospital do Brasil —, diz o CEO.

— Fui demandado pelo conselho porque acreditamos que o Rio Grande do Sul tem todo talento para fazer isso, mas hoje é um exportador de talentos. Onde você for no mundo, vai encontrar cientistas gaúchos —, afirma.

— Dá uma dor quando o local que eu vivo não consegue gerar riquezas suficientes para reter talentos. É papel do Moinhos de Vento crescer para aumentar a retenção de talentos por aqui. 

Hoje, o hospital conta com 485 leitos, 3.914 médicos ativos e cerca de 4.600 funcionários. São 18 salas de bloco cirúrgico e 41 leitos de pós-cirurgia.

Como o Moinhos de Vento trabalha para ser o melhor hospital do país

Boa parte dos esforços do Moinhos para se tornar o hospital de referência no Brasil está no desenvolvimento de ciência e em educação.

— Temos a mente privada, com modelo de gestão e liderança privados, mas com espírito público para a aceleração da ciência, gerando conhecimento —, diz o CEO.

O primeiro ponto que Parrini destaca no processo para se tornar o melhor hospital do Brasil está na formação de pessoas. Hoje, o hospital forma 85% de sua mão de obra técnica.

— Temos a primeira escola de enfermagem e a maior pós-graduação em saúde do Rio Grande do Sul —, diz o executivo.

— Estamos investindo no mestrado, doutorado. Estamos para ser aprovados na faculdade de medicina com 50% a mais de carga horária.

O segundo ponto é unir esses talentos com ciência de ponto.

— Nosso dever é dar aos médicos e professores tempo para orientar os doutorandos, os residentes, da melhor maneira possível —. Hoje, o Moinhos tem 19 programas de residência médica.

— Esse é o elemento central, geração de conteúdo próprio, com meta de publicação internacional —, afirma.

— Queremos ser respeitados pela ciência que estamos fazendo aqui, conectados com a pesquisa farmacêutica e desenvolvimentos de tecnologia e ciências próprias.

Hoje, 75% da receita da instituição vem do hospital, e os 25% do centro de pesquisa clínica e no braço de educação. A meta é que a divisão fique em 60% com hospital e 40% com os outros braços e seguir crescendo. “O objetivo é dobrar de tamanho em quatro anos”.

Fonte: Executivos da Saúde

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