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Na peça, a boneca sfre com as confidências de sua dona, uma criança abusada Foto: Erick K Kanofre

21 de junho de 2024

“Memória de Nina” alerta e orienta como enfrentar o abuso e a exploração sexual na infância e adolescência

"Memórias de Nina"
Foto Erick K Kanofre / AF
Erick Krüger Kanofre / AF

Mesmo protegidas por lei, crianças e adolescentes continuam sendo vítimas de abuso e exploração sexual. O abuso ocorre quando há a prática de qualquer ato de natureza sexual, enquanto a exploração é caracterizada pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a finalidade de lucro, seja financeiro ou de outra espécie.

A Administração Municipal, por meio do trabalho do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), promoveu um evento especial para trabalhar esse tema visando alertar e orientar o público estudantil.

Nos dias 17 e 18 de junho, no auditório da Expodireto Cotrijal, em torno de 1.200 estudantes do 5º ano ao 9º ano da rede municipal, estadual e privada de Não-Me-Toque assistiram o monólogo “Memórias de Nina”. A peça estava programada para o Maio Laranja, mês que trabalha esse tema, mas precisou ser reagendada devido às consequências das enchentes que atingem o estado.

A peça, promovida pelo Creas tem como objetivo levar a informação de uma forma transparente sobre o abuso e a exploração sexual infantil, para que todos possam tomar conhecimento, possam procurar ajuda e o apoio de quem se sinta confortável, de quem se sinta apoiados e seguros.

“Memórias de Nina” é um monólogo em que uma boneca fala sobre as confidências de sua “dona”, uma criança que sofre abuso. A peça que estreou em 2006 já foi apresentada em mais de 300 cidades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Na peça, a boneca sfre com as confidências de sua dona, uma criança abusada
Foto: Erick K Kanofre

O diretor, Fabiano Tadeu Graziolli relatou que buscou uma maneira muito específica de ensinar essa temática pela dramaturgia. O roteiro foi construído a partir de muita pesquisa, com o objetivo de encontrar no teatro uma maneira de tratar desse tema para o público a partir de 10 anos, sem ser violento e sem mostrar essa violência. Trazer as informações de forma subjetiva e sutil, mas mostrando por meio da linguagem do teatro a profundidade que esse tema tem na vida de crianças e adolescentes violentados.

Em entrevista, Graziolli descreveu que foi uma peça complexa para trabalhar, mas que traz uma mensagem muito significados.

— Então nós juntamos a força desse tema, que é complexo e difícil de tratar com esse público, com uma linguagem que, na nossa opinião, funciona muito bem, porque são 18 anos viajando com “Memórias de Nina” e o público, além de gostar, mostra para nós que a linguagem que conseguimos construir funciona com eles—, destaca Fabiano Tadeu Graziolli.

A coordenadora do Creas, Viviam Zanzin, falou um pouco sobre o projeto:

— Estamos há três anos trabalhando várias ações como forma de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual infantil. Neste ano, buscamos algo diferente e veio a peça teatral “Memórias de Nina.

Assim, a expectativa do Creas e da Secretaria Municipal de Assistência Social é conquistar a confiança das crianças e adolescentes para que saibam se proteger e denunciar quando são ameaçadas ou violadas, efetivamente. Junto com esse trabalho, o município também oferece a rede de proteção para assistir a esse público.

Poder Público Municipal marca a data comemorativa e ressalta a disponibilidade da rede de apoio para quem sofre abuso
Foto: Erick K Kanofre / AF

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