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Notícias

4 de outubro de 2021

Mel com cor azulada intriga produtores e pesquisadores da região

Produtores de mel da Região Norte do estado estão preocupados coma cor alterada da produção desde o ano passado, quando parte da produção precisou ser descartada por não apresentar os padrões exigidos para o consumo.

Naor Kümpel, produtor de mel da região

Naor Kümpel, agricultor e apicultor de Não-Me-Toque, precisou descartar 150 quilos de mel na safra do ano passado. O produto extraído de 25 caixas das suas colmeias apresentava cor escura, puxando para o azul.

— Foi uma surpresa pra mim. O mel apresenta a cor azulada e um cheiro um pouco diferente — relata Naor, que procurou a Emater para relatar a alteração do produto.

A primeira suspeita é em relação a uma área de ervilhaca, planta utilizada para incorporação e adubação verde, numa área rural vizinha a sua propriedade. O apicultor procurou a Emater que iniciou a pesquisa sobre o fenômeno desconhecido, que está se repetindo agora, quando inicia a nova safra. Amostras da floração desta planta e do mel foram levados a laboratório para análise, mas ainda não há uma conclusão.

De acordo com o extensionista da Emater, Vilmar Wruch Leitzke, a preocupação é identificar o que está efetivamente interferindo na produção deste mel, uma vez que foi em várias colmeias e numa quantidade significativa de produção.

Na tentativa de identificar qual o componente está interferindo na coloração e sabor do mel, amostras foram encaminhadas a universidades do estado. Os estudos ainda não foram concluídos, mas em análises preliminares, os pesquisadores não descartam a possibilidade de contaminação. É o que diz o professor de apicultura Aroni Sattler, da UFRGS:

— As abelhas continuaram a produzir mel coletando das fontes tradicionais daquela região, mas incorporaram uma matéria prima que, em princípio, estamos considerando um contaminador do mel, porque não é normal termos mel com origem em néctar de flores, com esta cor.

Ainda precisam ser feitas análises em laboratório especializado. O professor não descarta que o agente contaminante seja de alguma molécula misturada a um agrotóxico utilizado nas lavouras.

O mel escuro também foi extraído em outras duas propriedades, em Não-Me-Toque e Lagoa dos Três Cantos.

Fonte: RBS Notícias

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