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11 de maio de 2022
Tecnologia se torna aliada ao crescimento econômico, mas ainda enfrenta dificuldades
Eventos como o South Summit realizado recentemente em Porto Alegre buscam ressaltar a importância da inovação e do empreendedorismo, mas como está esse cenário em Passo Fundo? Presente na ocasião, o coordenador do curso de Ciência da Computação da IMED, Marcos Roberto dos Santos, conta que a tecnologia está sendo empregada como meio para entregar soluções nas mais variadas áreas do conhecimento.
Para ele, Passo Fundo vem em uma crescente quando o assunto é relacionado à área da tecnologia, o que demonstra a importância de trazer cenários como esses para o interior do Estado.
“Temos uma amplitude muito grande de crescimento para os próximos anos. Precisamos cada vez mais que as pessoas, empresas, entidades e o próprio governo acreditem na possibilidade de transformação através de tecnologia aplicada, da inovação e do empreendedorismo. A geração de novos negócios, novas receitas para o município é muito importante, então temos muito a crescer ainda”, destaca Marcos.
Em relação às oportunidades que as empresas de tecnologia podem oferecer ao município, o coordenador do curso de Ciência da Computação da IMED lembra que algumas empresas giraram bilhões de reais, o que possibilita entender que a movimentação econômica nessa área é essencial.
“Imagina isso para uma cidade, isso traz muitos ganhos, não somente a níveis de impostos, estamos falando de emprego, oportunidades de crescimento de toda a cadeia produtiva da tecnologia e a própria formação de profissionais entra nesse quesito também. Então a cidade acaba ganhando muito quando incentiva esse cenário”, pontua Marcos.
Mercado e demanda
A gestora do UPF Parque, Teofanes Foresti Girardi, enfatiza que a área da Tecnologia da Informação (TI) vai na contramão do desemprego, “sendo muito difundida e ganhando mais adeptos à profissão à medida em que novas tecnologias vão surgindo” diz Teofanes.
Segundo ela, o mercado prepara profissionais para a área, mas essa demanda está desproporcional ao número de vagas existentes, além do “tempo de formação necessário e mínimo para que o profissional possua conhecimento e expertise para atuar na área escolhida”.
Por outro lado, Marcos frisa que o mercado ainda não cobre a necessidade que o país tem para a mão de obra qualificada para a área de tecnologia. “Hoje, há em torno de 400 mil vagas de emprego e segundo pesquisas em levantamentos de dados existe uma tendência que nos próximos quatro ou cinco anos a gente chegue a 800 mil vagas de emprego em todo pais na área de tecnologia”, detalha.
“Precisamos formar cada vez mais jovens e pessoas interessadas por tecnologia, que utilizem deste conhecimento ou da área do conhecimento para formar suas carreiras de trabalho e atuar nesse cenário de tantas oportunidades que temos no Brasil”, conclui Marcos.
Benefícios
Teofanes pontua que o principal benefício que empresas empreendedoras, inovadoras e tecnológicas podem trazer futuramente é a mudança cultural e comportamental da sociedade.
“A inovação e a tecnologia ajuda no crescimento e no desenvolvimento de toda uma região, torna mais fácil à vida das pessoas, impulsiona o desenvolvimento e a criação de políticas públicas voltadas à inovação. Fortalece e impulsiona o empreendedorismo, a atração e o desenvolvimento de novas empresas no município e na região”, comenta.
Para o coordenador dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da IMED e sócio da startup WhyDea, Guilherme Moraes Vargas, um município que consegue desenvolver, apoiar e absorver Startups inovadoras e tecnológicas se coloca no mapa do ecossistema de inovação da região, estado e país.
“Os benefícios são variados, desde a visibilidade para o município, geração de novos empregos e incorporação de soluções inovadoras e tecnológicas para dentro do portfólio de serviços no município”, diz.
“Com o novo Marco das Startups, a partir da Lei Complementar 182, é possível rodar em formato de testes, projetos de soluções inovadoras conforme demanda dos municípios, sem precisar passar pela estrutura burocrática das licitações. Ganha o município em agilidade em testar novas soluções que beneficiem os munícipes e ganha as Startups que podem testar, corrigir e melhorar suas soluções rapidamente”, complementa Guilherme.
Dificuldades
A gestora do UPF Parque aponta que a falta de investimentos associada ao medo de arriscar, o apoio, o amadurecimento empresarial, a falta ou desinformação sobre as possibilidades existentes no município e na região, são os grandes desafios encontrados por quem deseja empreender ou inovar.
Guilherme também explica que tanto o setor público quanto o privado, carecem de informações e conhecimento sobre o tema Empreendedorismo, Inovação e tecnologia.
“Essa falta de conhecimento gera incertezas e incertezas dificultam ações efetivas. Tanto Startups quanto empresas tradicionais que queiram inovar, devem buscar se inserir no ecossistema de inovação do município, participar de ações e eventos voltados para o tema”, finaliza ele.
Por Diário da Manhã
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